Giovanna:
Depois de uma noite turbulenta de sono, me sento na cama. Mal consegui dormir depois de ontem porque o que aconteceu ainda me preocupa. Ponho os pés fora da cama pra levantar, porém me lembro de orar, então me ajoelho.
Senhor, Te entrego o meu dia. Obrigada pela oportunidade de poder acordar e pela Tua graça que nos envolve. Peço que o senhor cuide da minha família, dos que estão a minha volta e do Renato, principalmente. Por favor, Pai, não deixa ele se perder. Que Ele possa encontrar força em Ti, assim como eu encontrei. Amém!
O peso sobre meus ombros diminuiu quando levantei. Sentir a paz de Deus é algo inexplicável. A paz que excede nosso entendimento é necessária em momentos de crise, pois ela nos ensina que, não importa o que aconteça por fora, Jesus sempre vai acalmar a tempestade.
Fui até o banheiro, tomei um banho e depois, quando sai, prendi o cabelo num coque. Estava frio demais pra molha-lo. Me olhei no espelho e percebi que meu rosto estava inchado e vermelho, por isso tive que caprichar um pouco mais na maquiagem. Não quero que ninguém perceba o que eu estou sentindo. Só vou conversar com meus pais sobre este assunto e pedir conselhos.
Arrumei minha bolsa e quando peguei o celular, resolvi ligar pra Renato pra saber se ele está melhor.
A ligação caiu em caixa postal em todas as três chamadas, ativando uma angústia em mim. Por fim acabei mandando algumas mensagens e torci pra que ele respondesse logo.
Vesti uma calça jeans e uma blusa escrita "geração kids" e fui caminhando pra igreja.
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Quando cheguei no templo, tentei colocar o melhor sorriso no meu rosto. Eu estou na Casa De Deus, tenho que dar o meu melhor. As luzes já estão todas acesas, a banda está testando o som e boa parte do povo já chegou também.
Sorrio cumprimentando os irmãos e vou pro altar fazer a oração.
– Bom dia, Gi. A paz. – Suellen, a jovem que cuida das crianças junto comigo, se aproximou e me abraçou.
– A paz Suellen.
– Eu deixei alguns deversinhos sobre Moisés lá na salinha. Está na hora de mudarmos a história, não acha?
– Sim! Obrigada, Su. Essa semana foi tão corrida que eu não preparei nada pra hoje. – digo aliviada.
Caminhamos juntas até o fim do salão. O som de vozes aumentava.
– Dona Carmem não vem hoje, viu. Isso quer dizer que você se deu bem e eu vou surtar com os três netinhos dela de noite. – ela faz uma careta.
– Ué, você não vai ficar comigo agora cedo?
– Esqueceu que hoje é Santa Ceia, Giovanna? Concordamos em revezar. Você fica com eles de manhã e eu a noite.
Meu Deus, hoje é Santa Ceia e eu esqueci! Nessa confusão toda eu esqueci um dos momentos mais importantes na igreja.
– Que cabeça a minha! – passei a mão na testa, rindo de nervoso. – Foi mal, Su. Mais uma vez obrigada.
Enquanto ainda organiza meus pensamentos sobre a aulinha de hoje, meu pai desceu as escadas do escritório e chegou no salão da igreja. Ele cumprimentou algumas pessoas e veio até mim, sorrindo.
– Grande dia, filha! – ele me deu um beijo na testa e depois olhou em volta, procurando alguém. – O Renato já chegou?
– A-ainda não pai. – gaguejei nervosa.
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O Poder de um Resgate 🛟 - Romance cristão
Spiritual#1 - Melhores livros Minha primeira história publicada, já peço perdão pelos erros 🥲 Sinopse Giovanna: -Será que você não percebe? - Acho graça da cara confusa que ele fez. - Renato, não é você que dá uma chance pra Deus e sim Deus, que está te d...