O Poder de um Resgate 🛟 - Romance cristão

🛟 Capítulo 45 🛟 Colheita

Oii Gente. Aviso: desculpem a hora, o dia foi corrido e agora que eu consegui terminar. O capítulo não foi revisado, então peço perdão pelos erros. Vou revisar mais tarde sem falta. Esse capítulo tem mais de 4000 palavras kkkk tem sangue, alma, dedicação 😆enfim, aproveitem. Beijocas e que Deus abençoe vcs

Renato:

Quando eu falei sobre entregar meus sentimentos para Cristo não imaginei que viraria um completo chorão.

Era desse tipo de sensibilidade que  Lucas estava falando?

Seja o que for, é algo que foge do meu controle. Não consigo segurar as lágrimas quando lembro de tudo que Ele fez por mim. Eu fui tão precipitado, tão teimoso que achei que do meu jeito ia ser melhor. No fim, dei voltas e voltas achando que conseguiria fugir de Jesus para ser encontrado de forma extraordinário por Ele.

O grupo canta um louvor que eu desconheço, mas que fala sobre gratidão e isso me preenche. As vozes unidas ficaram tão lindas que me fizeram arrepiar. Penso em quantas vezes já reclamei de coisas banais. Ver esse pessoal que passa por dificuldades louvar e agradecer é como um tapa na cara.

Agradeço a Deus pelo que Ele fez e ainda vai fazer na minha vida.

Limpo o rosto do jeito que dá. Breno, que estava ao meu lado, dá duas batidinhas nas minhas costas e sorri feliz, vendo o estado que me encontrava. Acho que também ficaria feliz, já que meu choro não é de tristeza, mas de gratidão.

Meus olhos se encontram com os de Giovanna, que estava no meu lado esquerdo. Sorrimos um para o outro e percebi que ela também chorava. Era uma conversa silenciosa, mas cheia de palavras. Seu sorriso e seu olhar me trouxeram paz, reafirmando todos os meus sentimentos quanto a ela. Isso me motiva a ser melhor, não só para Deus, mas para ela também. Depois de tantos problemas, Giovanna não precisa de alguém bagunçado e cheio de si, mas de alguém forte, preparado e capaz de fazê-la feliz.

Sinto batidas no meu braço, olho para lado e vejo que era Breno de novo.

– Estão te chamando. – ele sussurra acenando com a cabeça para o lugar que Cléber e Rosane estavam.

– O que? – indaguei confuso. Fiquei preso nos meus próprios pensamentos que o que acontecia ao meu redor se silenciou. Ergui o olhar para frente e dei de cara com os dois me olhando.

– Não podemos encerrar esse momento sem te ouvir, Renato. – Rosane sorriu convidativa, enquanto fazia um gesto com a mão.

Todos os presentes passaram a olhar para mim, fazendo meu coração disparar. Não que eu nunca tenha discursado – já fiz muitas vezes no quartel, na corporação – mas agora é diferente porque eles querem que eu fale sobre Deus e minha fé.

Tentei fazer um sinal discreto que não para Cléber, mas não adiantou. Ele continuou insistindo com os olhos para que eu fosse à frente.

Respirei fundo, sob o olhar incentivador de Breno, e passei pelas pessoas até chegar na mesa de frutas. Cruzei os braços e dei um sorriso nervoso que fez os moradores da comunidade rirem.

– Não sou muito bom com palavras, então já peço desculpas se eu me enrolar.

– Tenho certeza que você tem algo bom para compartilhar – Cléber falou amigavelmente, dando uns passos para trás.

Assenti e limpei a garganta.

– Eu... Ãh... – fiz uma busca na mente para encontrar o que poderia falar. – Uma pessoa muito especial me disse uma vez que é Deus quem nos dá chances, não nos que damos chances a Ele. – olhei diretamente para Giovanna com um pequeno sorriso nos lábios. Ela me olhou como se também lembrasse do episódio. – Confesso que fingi para ela que havia entendido. – deixei uma risada escapar.