🛟 Capítulo 36 🛟 Histórias

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Giovanna:

- Então ele é o médico bonitão? - minha amiga se refere a Isaque, que estava conversando comigo agora há pouco.

Estamos na área improvisada, chamada de refeitório e foi aqui que Isaque puxou conversa de novo. Ele parece ser um cara legal, divertido e espirituoso, assim como todos aqui.

- Karen! - repreendo-a, colocando a mão na boca pra evitar soltar uma risada.

- Ué! Ele é médico e bonito, o que eu falei demais?

- Nossa, você está falando igual a Bia.

- Alguém precisa fazer o papel dela, não é?! - rimos juntas. Se minha amiga maluca estivesse aqui com certeza já teria soltado suas "opiniões".

Observamos o movimento de pessoas diminuindo, indicando que cada um deles ia pra sua função. Rosane passa nos cumprimentando com um sorriso acolhedor então segue seu caminho.

- E o nosso Severide brasileiro? Vocês já conversaram?

- Severide? - juntei as sobrancelhas sem entender de quem ela estava falando.

- É aquele cara do Chicago Fire. - continuo confusa. - Da série, Giovanna.

- Eu nunca vi essa série.

- Quanta falta de respeito. - Karen enruga o nariz como se eu fosse uma extraterrestre cheia de gosma espacial. - Enfim, estou falando do Renato.

- Ah sim. - sinto meu interior se remexer. Lembrei da nossa conversa e de como Renato reagiu a minha decisão. Sei que deve ter sido difícil pra ele, como foi pra mim. - A gente conversou e decidimos ser amigos.

Corro os olhos pelo local e só avistei outros bombeiros e pessoas comuns. Não vi Renato pela manhã, muito menos o Breno.

Será que eles já estão trabalhando?

Minha amiga assentiu e segurou minha mão de uma forma carinhosa, deixando de lado a brincadeira.

- Se foi isso que vocês decidiram... vou respeitar. Vai dar tudo certo.

- É... Acho que sim.

- E onde você estava, hein?

- Acho que já conheci todas as pessoas daqui. - ela diz com empolgação. - Sabia que eles tem um sistema próprio de plantação? Tudo aqui é muito natural, amiga.

Enquanto ouvia as novidades de Nova Esperança através de Karen, Cleber passa por nós seguido de um grupo de quase 10 pessoas. Ele olha pra gente e faz um sinal com a cabeça indicando que deveríamos segui-lo.

Atendemos o pedido e nos reunimos com o grupo, próximo a um poste de luz apagado.

- Bom dia pessoal! Espero que estejam prontos pra começarmos o dia. - Cléber sorriu com seu olhos quase escondidos pelo boné. - Chamei vocês aqui pra que vocês decidam suas funções. E olha... Trabalho é o que não falta!

Ele nos explicou que há duas possibilidades. Podemos ir com o grupo do Diego pra ajudar na reconstrução das casas ou podemos ir com a Sílvia ajudar as mulheres com os artesanatos.

- É como Jesus falou: A ceara é grande, mas poucos são os trabalhadores. Não somos um grupo enorme, mas eu sei que vocês estão dispostos a servir, tanto a Deus, quanto à comunidade, certo?

Concordamos com animação e o grupo de novatos foi dividido em dois. Cinco quiseram ajudar as mulheres e o restante foi para a reforma.

Eu e Karen ficamos juntas no artesanato. (Novidade) Até porque, eu nem sei exatamente o que é uma chave de fenda.

O Poder de um Resgate 🛟 - Romance cristãoOnde histórias criam vida. Descubra agora