Giovanna:
Dias depois...
Já estou há quase meia hora sentada na minha cama com a Bíblia aberta, olhando para um ponto fixo da parede bege do meu quarto.
O motivo? Bom, ele tem nome, sobrenome, profissão, olhos verdes...
Na verdade, o estado em que me encontro agora é um resumo de como fiquei desde o dia do jogo. Não que eu tenha ficado durante esses dias sentada na cama, parada e com a Bíblia na mão. Isso foi uma metáfora.
O que eu quero dizer é que desde que aceitei sair com o Renato, estou com esse sentimento de dúvida dentro de mim e sei que isso não é bom. Eu estava toda receosa com ele até que de repente cedi. E agora, há meia hora atrás ele me ligou para combinarmos o dia e o local para sairmos. Ficou marcado para amanhã, às 19h. E o local? Surpresa dele.
Durante a ligação, aproveitei para perguntar sobre a situação na casa da dona Célia, por mais que ela já tenha atualizado. Senti que precisava saber como estavam as coisas. Pelo que ele me disse a policia ainda não tem suspeitos.
Meu Deus do céu! Meu pai costuma dizer que: "quem dúvida, muito se agita" baseado em Tiago 1:5-8. E eu estou com tantas dúvidas agora...
– Meu Deus me dá um sinal... Por favor. – suplico aos céus por uma resposta. Mesmo sabendo que ela já está bem óbvia.
A campainha toca assim que abro os olhos. Deixo a Bíblia sobre o colchão e levanto para abrir a porta.
– Mãe! – um misto de surpresa e alegria me enche ao vê-la. Dou um abraço apertado nela com um pouco de dificuldade por causa do que ela segurava.
– Nossa! Tudo isso por causa de um bolo? – dou espaço para que ela passe e coloque o bolo na mesa da sala.
– Sim... E não. – puxo-a pela mão e me sento com ela no sofá. – Deus enviou a senhora, mãe.
– Como assim, Giovanna? – ela arregala os olhos e sorri. – Estava com tanta fome assim?
– Preciso de um conselho.
– Lá vem... Pode falar. – solto as mãos dela e me sento frente a frente. Minha mãe me olhava com um olhar maternal e ao mesmo tempo desconfiado.
– O Renato me chamou pra sair... – Solto numa rapidez como se liberasse um peso de mim. Minha mãe ergue as sobrancelhas para que eu continue. – E eu não sei se devo ir.
– Suspeitava que isso aconteceria. – Nem me surpreendo. O Heitor me contou que o Renato foi lá na casa dos meus pais. – E você quer saber com que roupa ir? – ela debocha.
– Mãe! – Repreendo ela e deito minha cabeça em seu colo. Minha mãe acaricia meu cabelo. – Eu quero saber se devo ir.
Sim, eu sei. Drama demais para uma mulher de 25 anos. Mas nunca é tarde para aproveitar o colo da mãe, né?
E outra, se passaram 2 homens na minha vida foi muito, não tenho experiência nisso.– A minha opinião você já sabe, sei disso. – faço que sim. – nada contra o Renato, filha. Aliás, ele parece ser um bom rapaz, mas você deveria dar tempo ao tempo. Esperar ele se firmar na igreja é uma boa opção.
– Eu sei... – passo a encarar o teto agora.
– Lembra do Miguel? – minha mãe colocou a mão no rosto para rir. – E do Pablo?
Ótimas lembranças, não? Em toda a minha vida, esses dois foram os únicos garotos que eu dei um passinho a mais que amizade. Porém, como nem tudo são flores, eles se mostraram bem diferentes com o tempo.
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O Poder de um Resgate 🛟 - Romance cristão
Spiritual#1 - Melhores livros Minha primeira história publicada, já peço perdão pelos erros 🥲 Se apaixonar, significa entender que seu coração pertence a outra pessoa Ser cristão, significa entregar seu coração a Deus Tragédias não ligam pessoas, Deus faz...