🛟Capítulo 10🛟 Encontro?

125 15 91
                                    

Giovanna:

Dias depois...

Já estou há quase meia hora sentada na minha cama com a Bíblia aberta, olhando para um ponto fixo da parede bege do meu quarto.

O motivo? Bom, ele tem nome, sobrenome, profissão, olhos verdes...

Na verdade, o estado em que me encontro agora é um resumo de como fiquei desde o dia do jogo. Não que eu tenha ficado durante esses dias sentada na cama, parada e com a Bíblia na mão. Isso foi uma metáfora.

O que eu quero dizer é que desde que aceitei sair com o Renato, estou com esse sentimento de dúvida dentro de mim e sei que isso não é bom. Eu estava toda receosa com ele até que de repente cedi. E agora, há meia hora atrás ele me ligou para combinarmos o dia e o local para sairmos. Ficou marcado para amanhã, às 19h. E o local? Surpresa dele.

Durante a ligação, aproveitei para perguntar sobre a situação na casa da dona Célia, por mais que ela já tenha atualizado. Senti que precisava saber como estavam as coisas. Pelo que ele me disse a policia ainda não tem suspeitos.

Meu Deus do céu! Meu pai costuma dizer que: "quem dúvida, muito se agita" baseado em Tiago 1:5-8. E eu estou com tantas dúvidas agora...

– Meu Deus me dá um sinal... Por favor. – suplico aos céus por uma resposta. Mesmo sabendo que ela já está bem óbvia.

A campainha toca assim que abro os olhos. Deixo a Bíblia sobre o colchão e levanto para abrir a porta.

– Mãe! – um misto de surpresa e alegria me enche ao vê-la. Dou um abraço apertado nela com um pouco de dificuldade por causa do que ela segurava.

– Nossa! Tudo isso por causa de um bolo? – dou espaço para que ela passe e coloque o bolo na mesa da sala.

– Sim... E não. – puxo-a pela mão e me sento com ela no sofá. – Deus enviou a senhora, mãe.

– Como assim, Giovanna? – ela arregala os olhos e sorri. – Estava com tanta fome assim?

– Preciso de um conselho.

– Lá vem... Pode falar. – solto as mãos dela e me sento frente a frente. Minha mãe me olhava com um olhar maternal e ao mesmo tempo desconfiado.

– O Renato me chamou pra sair... – Solto numa rapidez como se liberasse um peso de mim. Minha mãe ergue as sobrancelhas para que eu continue. – E eu não sei se devo ir.

– Suspeitava que isso aconteceria. – Nem me surpreendo. O Heitor me contou que o Renato foi lá na casa dos meus pais. – E você quer saber com que roupa ir? – ela debocha.

– Mãe! – Repreendo ela e deito minha cabeça em seu colo. Minha mãe acaricia meu cabelo. – Eu quero saber se devo ir.

Sim, eu sei. Drama demais para uma mulher de 25 anos. Mas nunca é tarde para aproveitar o colo da mãe, né?
E outra, se passaram 2 homens na minha vida foi muito, não tenho experiência nisso.

– A minha opinião você já sabe, sei disso. – faço que sim. – nada contra o Renato, filha. Aliás, ele parece ser um bom rapaz, mas você deveria dar tempo ao tempo. Esperar ele se firmar na igreja é uma boa opção.

– Eu sei... – passo a encarar o teto agora.

– Lembra do Miguel? – minha mãe colocou a mão no rosto para rir. – E do Pablo?

Ótimas lembranças, não? Em toda a minha vida, esses dois foram os únicos garotos que eu dei um passinho a mais que amizade. Porém, como nem tudo são flores, eles se mostraram bem diferentes com o tempo.

O Poder de um Resgate 🛟 - Romance cristãoOnde histórias criam vida. Descubra agora