A emboscada

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— Park, você entendeu o plano?

O delegado perguntava-me pela décima vez e eu falava que tinha entendido o plano. Meus pensamentos estavam no coelho. Ele pode muito bem vim atrás de mim. Jungkook, por favor, não venha! Se vier, eles vão te prender e eu não quero isso. Você foi meu herói, que me tirou daquele inferno e me deu uma nova chance de ser amado sem nenhuma maldade. Por trás, isso quer dizer que quero você ao meu lado até o fim. Essas pessoas não conseguem entender ele, eu consigo, sou grato por ter me salvado quando duvidei que alguém viria me ajudar.

Ouço estragos na minha frente, me tirando do meu mundinho de preocupações, focando novamente naquele maldito plano. Após terem entendido tudo, colocaram colete por baixo da minha roupa por precaução caso ele tente me matar, colocaram escutas e até mesmo câmeras com rastreadores, tudo no mínimo detalhe; mesmo sabendo que Jungkook não me machucaria. A noite chegou trazendo comigo uma sensação ruim, de angústia e não era para menos, meu Kook vai ser pego e o causador dessa prisão de verdade serei eu, o responsável por colocar atrás das grades.

— Certo, Park, você já está pronto, vai até onde marcamos e fique lá até que o assassino apareça. Não lute contra ele, o básico é fugir, tá bom? Assim que ele estiver encurralado, prendemos-o.

Um dos policiais dizia com toda certeza do mundo que iriam prendê-lo, eu queria estragar esa operação. E assim aconteceu, me colocaram em uma rua com pouca movimentação, para piorar, estava sozinho, não sabia onde os policiais estavam. Se passaram trinta minutos, uma hora, uma hora e meia, quando todos estavam desistindo, ele apareceu segurando a cabeça de um dos policiais, meu peito se apertou forte, não queria que aquilo fosse real, desejava ele para mim, meu amor… e eu não posso fazer nada, pois estamos sendo vigiados.

 Lentamente ele se aproximava de mim e eu me afastava dele comecei a correr e o coelhão veio atrás largando a cabeça do policial muito longe e afastado do coelho assassino entrei na cabeça e fecho a porta não demorou muito para o machado atravessar aquela madeira sentia o cheiro de matança vindo dele, a sede de sangue e naquele momento o sangue que ele almejava era o meu.

— Co-coelhão por favor, para com isso!! Sou eu, Jimin, meu amor. Jungkook. E-eu não qieria te prender, meu bem...eles me obrigaram e eu fiquei mal por não ter falo que descobri toda a verdade.

A sorte é que não estava mais usando o microfone, as câmeras, a única coisa que ainda estava comigo era o colete. O meu medo cresceu constantemente quando ele entrou andando até mim parecia que ele ficou mais alto e eu sabia que era impressão, pois quando o meu kook apareceu pela primeira vez ele olhou nos meus olhos como agora fui despertado no mesmo momento em que sou empurrado até bater as costas na parede de madeira. Para sobreviver, peguei qualquer coisa, não quero morrer desta forma, por isso vou matar ele. As lágrimas rolavam em meu rosto, nossa felicidade, juntos, nosso beijo, nossa declaração de amor, tudo isso passou como um filme na minha cabeça.

— K-Kook, eu não sei se você brincou com os meus sentimentos para depois me matar. Se eu te entregar para a polícia seria ruim, queria que você fugisse, porém, estou vendo que você não pensa da mesma forma. Se for me matar, não irei simplesmente entregar a minha vida pra você… eu te amo.

Disse chorando enquanto me levantava, corri até ele pulando em cima do seu corpo com um pedaço de madeira o suficiente para enfiar no seu peito e morrer. Meu plano era simples, acontece que no meio daquela bagunça toda ele morreu da pior forma; tinha uma pilha de madeiras junto com ferros pontudos seu corpo caiu para trás perfurando seus órgãos. Muito machucado e com a polícia chegando com o helicóptero clareando a floresta, me aproximei e tirei sua máscara, e só agora que fui entender quem era o verdadeiro assassino em série esse tempo todo. Com a roupa do coelhão, saí da casa e levantei minhas mãos, não demorou muito para ser preso.

— Park...Park, Park Jimin? Está me ouvindo?

Olhei para a câmera na minha frente enquanto uma voz masculina falava comigo pelo microfone, aquele quarto todo branco me deixava desconfortável, queria sair na rua como antes, ou pelo menos receber visitas. Ao meu lado, abriu uma portinha pequena suficiente para passar minha comida, meu remédio e assim por diante, só que no lugar da comida só tinha uma maçã.

— Estou te ouvindo, doutor Jungkook. Eu estou te contando tudo, por que me interrompeu?

Me sento no meu lugar novamente, tendo um sorriso sádico ao morder a fruta. Não desgrudei meus olhos por nada da direção da câmera.

— Eu queria entender o motivo de usar eu nessa sua história, fora que quero saber quem foram o Taehyung e o Hoseok, sei que não foram eles de verdade que te ajudaram por serem seus enfermeiros e não são seus amigos. E fora que você não sabe como eles são, por isso quero entender cada passo.

— Para saber, tem que procurar, você passe a procurar, a entender todos os pontos, investigue-os. Quem sabe não descobre quem são esses dois?

— Por isso, que só vive comendo maçã, não está ajudando muito nessa investigação. Queremos saber o motivo das mortes, sendo que nenhuma vítima tinha algo em comum.

— O senhor tem que entender uma coisa: assassinos que nem eu não preciso de motivos para matar, só sentimos vontade e fazemos, bem simples. Pare de pensar em coisas delicadas, simplifique, desta forma terá um resultado melhor.

Termino de comer, voltando para o meu lugar depois que joguei o resto da fruta no lixo. Ouço sua voz dizendo que a sessão naquela tarde acabou e voltaríamos só amanhã, sorri para a câmera e deixei um beijinho na lente. 

Ainda não terminamos esta história, ela apenas ficou mais emocionada — era o que Park pensava enquanto ia se deitar para dormir um pouquinho. Olhando para o teto branco, começou a dar risadas altas e completamente perturbadoras.

No outro lado da sala havia quatro pessoas: doutor Jungkook, os enfermeiros Kim e Jung, e um impostor; Min Yoongi. Um dos caras que ajudou o Jimin a matar e a escolher suas vítimas. Mal imaginam eles que o perigo estava com eles e não o assassino preso.

Final?

Diário de um serial killer CONCLUÍDA Onde histórias criam vida. Descubra agora