Borya
Alguns meses depois
A parte de ser Mãe e avó ao mesmo tempo, foi gratificante assim que tive meus bebês. Dois meninos, totalmente diferentes um do outro. O primogênito tinha cabelos escuros e os olhos claros do pai, enquanto o outro era uma cópia minha, cabelo cinza com olhos castanhos. Foi um choque para mim vê-los sendo tão diferentes.
— O que foi? — Olhei para Sena amamentando meu outro bebê. Eu fiquei abismada quando ela aceitou numa boa ser ama de leite. Na realidade até ficou animada e era muito pontual e responsável com a função.
— O Håkan está brincando com o leite. — Ela olhou para a situação, fazendo uma expressão caricata para a criança.
— Ele deve ter enchido. — Diferente do Magnus continuava a comer como se o mundo fosse acabar.
Eles mal tinham dois meses de vida já se diferenciavam demais na personalidade. Meu pequeno clone era o Håkan, brincalhão, observador, curioso, tinha a personalidade do pai por inteiro. O Magnus era mais na dele, interagia pouco com o ambiente e as pessoas, gostava de ficar quietinho, chegava a ser engraçado como conseguia dormir sozinho desde o primeiro momento em que o coloquei no berço, e tudo nele denotava ser como a espécie da mãe do Jørgen.
— Ei, bolotinha, já chega. — Ela arrumou a blusa e ajeitou o menino no ombro, esperando que arrotasse.
Minha cunhada cruzou as pernas e suspirou, olhando para o tempo enquanto se matinha em silêncio. As vezes esse seu lado mais calmo me assustava, a Sena preocupada e calada era um acontecimento, ainda mais porque todos a chamavam de Moby Dick, a temida baleia branca, que não era branca.
— Aconteceu algo? — Perguntei em voz alta.
— Sim... Não... Quer dizer, estou pensando no que fazer. — Falou baixo, sua voz era grave, mas geralmente estridente.
— Fazer em relação ao quê?
— Calipso.
Ah...
— Ainda está em conflito com o Sindri?
Porque meu irmão estava depressivo desde que soube da ligação da filha com a Sena. Eu achei exagero, ela era maravilhosa, super responsável, tinha lá seus momentos de raiva e teimosia... Mas, quem não se extressava com a vida?
— Aquele macho não é o problema, a criança que não parece gostar muito de mim.
— A Cali? — Fiz uma careta.
— A outra criança deles.
Outra?
— A quem se refere? Genevieve?
— O pai dessa daí.
— Ah! O Tatum! — Minha careta aumentou. — O que tem o Tatum? — Quase ri ao lembrar que ela o chamou de criança.
— Fica se intrometendo nos meus assuntos. Eu não me importo que me odeie abertamente...
— O Tatum não te odeia, Sena. — A interrompi.
— Eu não me importo.— Piscou, olhando para mim dessa vez. — Só não quero que se meta na minha vida.
— Bem... Digamos que não foi lá muito saudável a forma como você declarou sua ligação com uma criança com menos de cinco meses na época. Que, caso ainda não tenha aceitado, é a irmãzinha mais nova dele.
— Eu só falei a verdade.
— É que geralmente isso assusta um pai. — Tentei explicar. — Eu fiquei apavorada quando descobri sobre o B-Jin. E nunca é bom bebês já serem ligados, eles amadurecem precocemente.
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52 Hertz
FanfictionShifters/ 2 em 1/ original De um lado temos uma velha baleia que vagueia os sete mares à procura da sua amada, incapaz de ser correspondida, cantando em uma frequência que ninguém mais ouve. Até aquele sonho... Tudo mudou, e numa missão quase suic...