Harry Styles é o bad boy que todos amam odiar. Suas músicas dominam as paradas, seus shows são lotados mas a sua vida é um caos público - por trás dos holofotes, ele é um homem à beira do colapso, afundado em álcool, brigas e noites sem fim. Sua mús...
Música do capítulo: Follow You - Bring Me The Horizon
LONDRES, dois dias antes do início da Selfish Tour
HARRY
Eu já sentia falta dos palcos.
Faltava pouco tempo para o início da Selfish Tour. 118 shows por todo mundo. Talvez era exatamente o que eu precisava naquele momento. A única coisa que fazia sentido no meio deste pandemônio que a minha vida tinha se tornado.
No palco não há distrações, não há restrições e muito menos regras para seguir.
No palco sou eu quem dito as regras.
Sou só eu, as músicas, os solos de guitarra e uma plateia pronta para ser eletrificada pela minha voz.
Eu sou o show, amor. Eu sou a melhor performance.
Desde a última vez que eu vi Oliver naquele bar, as coisas estavam... Estranhamente quietas demais. Sem confusões, sem brigas, sem manchetes sensacionalistas, sem provocações dos paparazzis e sem nenhuma dose de álcool forte viajando pelas minhas células. Parte de mim sentia falta disso, do caos que normalmente me rodeava. Mas, ao mesmo tempo, havia algo novo em tão pouco tempo. Algo que eu ainda não conseguia definir com palavras.
Eu disse a Oliver que a deixaria trabalhar e eu acho que era isso que eu estava fazendo. Talvez essa fosse a parte estranha da minha vida naquele momento. Eu era um rebelde mas parte de mim gritava que eu deveria parar de contrariar Oliver.
Não era a adrenalina que faltava, porque eu sabia que ela viria no momento em que subisse ao palco. Era mais como se a tempestade ao meu redor tivesse dado uma pausa e eu não soubesse se isso era um alívio ou um sinal de que algo maior estava por vir.
Por mais que eu tentasse ignorar essa calmaria eu sabia que aquilo tinha tudo a ver com ela. Tudo a ver com a Oliver.
Ela estava na minha cabeça mais do que eu queria admitir.
Damn it.
No estúdio da produtora, eu ajustava as últimas cordas da minha guitarra, buscando o som perfeito para fechar a setlist. As notas ecoavam pelas paredes, carregadas de peso, cada acorde reverberando como uma descarga elétrica. Eu sentia falta daquele som pesado.
— Mais uma vez Follow You? — indiquei para banda que me acompanhava.
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O espaço vazio ao redor parecia absorver toda a tensão. Matthew, aquele otário, estava do outro lado do vidro, como sempre, quieto, me observando com aquele olhar de quem espera que eu faça mágica com a guitarra. Eu não estava nem aí para ele, nem para ninguém naquele ambiente.
