12. THE ATOMIC SHOW

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Este capítulo não terá uma música específica e vocês vão perceber o motivo durante a leitura. É um capítulo longo, mas é necessário para a narrativa. Peço paciência, mas essa "era" precisa ser fechada assim. :p

Só relembrando vocês que eu fiz uma playlist no Spotify com todas as músicas da Selfish Tour. Está no meu perfil e também vou deixar no comentário ao lado. Se vocês acompanharem a narrativa deste capítulo juntamente com as músicas vão conseguir ter uma experiência mais imersiva.

Com amor,
Thali

OLIVER

Eu já estava posicionada no canto esquerdo do palco, mas a minha mente vagueava constantemente àquele momento íntimo e inesperado no elevador com o Harry. Eu sabia que algo havia mudado mais uma vez. A forma como ele se aproximou, como se a atração entre nós tivesse se tornado algo impossível de ignorar. Mesmo com todas as barreiras que eu tentava levantar, ele as derrubava com uma facilidade assustadora.

A maneira como ele havia encostado a testa na minha, como se estivesse se rendendo, como se buscasse algo em mim que eu sabia que não poderia oferecer. Ou, pior, algo que eu sabia que queria oferecer mas não podia.

Estávamos tão perto e cada parte de mim gritava para me aproximar mais. O desejo latente estava ali, queimando sob a superfície. A febre dele invadiu os meus sentidos, e por um segundo, me deixei levar pela fantasia de nós dois juntos. Me deixei imaginar como seria, como seria ceder, como seria me entregar a ele, mesmo que fosse uma aventura de uma noite só.

Harry procurava paz em mim. A verdade é que eu também procurava a mesma coisa nele e isso me apavorava. Me apavorava por ser Harry, parece que eu era um imã para atrair confusões.

O dia de ontem foi inegavelmente exaustivo, cheio de reviravoltas e altos e baixos, mas de alguma forma, no final, tudo parecia ter se encaixado. Minha missão foi cumprida, o escândalo foi abafado, a entrevista correu incrivelmente bem e agora aqui estávamos no primeiro show da Selfish Tour.

Respirei fundo tentando retomar para o presente, o ar gelado do backstage contrastando com o calor intenso que vinha do palco causava uma dualidade conflitante em mim. A energia naquele lugar era tangível, cada grito da multidão reverberava dentro de mim como uma corrente elétrica, forte e incessante. Eu observava tudo de um ponto estratégico, ao lado do palco.

E eu mantinha os olhos fixos nele o tempo todo. Não é porque eu precisasse. É porque era simplesmente  impossível tirar os olhos dele.

Harry no palco não era mais o homem vulnerável da noite passada. Agora, ele era um furacão em forma humana, invencível e inabalável. Dominando cada centímetro daquele palco como se fosse seu território.

 Dominando cada centímetro daquele palco como se fosse seu território

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