08. THE BEGINNING OR THE END?

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Música do capítulo: Light Up - Harry Styles

OLIVER

Selfish Tour.

O nome da tour estava estampado de preto na lateral do avião, em letras grandes, um lembrete constante do que estava por vir pelo próximo ano. Aquilo que nos aguardava: centenas de cidades, estádios lotados e, principalmente, a convivência constante com Harry.

Era o início de tudo.

O som das turbinas ecoava suavemente enquanto o avião atravessava as nuvens no fim da madrugada, deixando Londres para trás e se aproximando de Paris, a cidade onde aconteceria o primeiro show

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O som das turbinas ecoava suavemente enquanto o avião atravessava as nuvens no fim da madrugada, deixando Londres para trás e se aproximando de Paris, a cidade onde aconteceria o primeiro show. No avião, todos pareciam ocupados com algo — seja ajustando ou revendo detalhes técnicos, presos em suas funções e problemas em torno da tour. Matt se sentou ao lado de Harry, a convivência entre os dois parecia uma tempestade para Harry, já para mim era um grande alívio. Fingindo ouvir música, eu usava fones para afastar a realidade, para não ter que encarar o que realmente me perturbava.

Harry.

Houve momentos em que nossos olhares se cruzaram durante o voo. Faíscas que acendiam brevemente, apenas para serem abafadas pelo peso do que havia acontecido entre nós. Eu desviava o olhar antes que qualquer faísca pudesse se transformar em incêndio não consumido. Ele sabia que eu estava o evitando, mas não pressionava. Um alívio e ao mesmo tempo uma espécie de tortura.

Precisava encontrar uma maneira de retomar o controle.

Passei os últimos dias planejando formas de melhorar a imagem pública de Harry. Ele já tinha acumulado uma série de escândalos ao longo dos anos e meu trabalho era tentar conter os danos. A ideia era fazer com que ele parecesse mais focado e equilibrado aos olhos da mídia. Uma série de entrevistas controladas e com perguntas pré-selecionadas, onde ele falaria mais sobre seu processo criativo e menos sobre as suas confusões. Talvez algo como um documentário sobre o backstage da tour também pudesse ajudar — uma visão mais humana e artística de Harry, longe dos escândalos e das manchetes sensacionalistas. Uma leve mudança no visual também poderia quebrar a imagem de bad boy criada pelas manchetes, eu só não sabia se ele estaria disposto a isso.

Por mais que tentasse me focar no trabalho, meus pensamentos voltavam sempre para aquela noite em Londres. Para Wembley. Para o beijo.

Quando finalmente aterrissamos em Paris, no início da manhã, o calor da cidade foi um choque bem-vindo após o clima frio de Londres. A equipe parecia mais animada e até mesmo Harry parecia mais à vontade. A sensação de estar em uma nova cidade trouxe um alívio momentâneo para todos. Principalmente pra mim.

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