CONTINUAÇÃO DO CAPITULO 8

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O WATTPAD TINHA CORTADO O ANTERIOR E AQUI VOCÊS PODEM  LER A CONTINUAÇÃO DELE.

O jardim e a entrada estavam escuros, e eu me encostei na parede, esperando que ele aparecesse. O silêncio do ambiente contrastava com o turbilhão de pensamentos que rodopiava dentro de mim.

— Pontual você. — A voz de Sergey cortou o silêncio, ao mesmo tempo em que as luzes se acenderam, revelando os carros alinhados na garagem. Ele deu um sorriso, aquele sorriso que sempre parecia ter um plano oculto por trás. — Gosto disso.

— Preciso saber para onde você está me levando. — Minha voz saiu mais firme do que eu esperava, mas a verdade é que minha mente ainda estava a mil, entre a cena que eu tinha testemunhado e a presença hipnotizante de Sergey.

Ele sorriu novamente, aquele sorriso que sempre fazia meu coração acelerar. Sergey estava exageradamente bonito naquela noite. Seus cabelos estavam perfeitamente alinhados, emoldurando o rosto jovem e intimidador que eu conhecia tão bem. O terno que ele usava parecia ter sido escolhido exatamente para combinar com o meu vestido, como se todo o momento tivesse sido cuidadosamente planejado.

Sergey caminhou até o porta-chaves, pegando a da Land Rover, a mesma maldita Land Rover em que tirou minha virgindade antes de desaparecer para seus gloriosos anos sabáticos. A memória daquele momento veio à tona com força, trazendo consigo uma onda de emoções conflitantes.

— Vamos a um jantar muito importante, senhorita — disse ele, com um ar de mistério. — Algo mais?
Eu o encarei, tentando ler o que se passava por trás de seus olhos.

— Hum. Por quê? — Minha pergunta saiu sem filtro, mas eu precisava entender o que estava acontecendo. O que Sergey queria comigo, depois de tanto tempo?

Ele abriu a porta do passageiro com um gesto gentil, convidando-me a entrar. Por um momento, seus olhos encontraram os meus, e tudo ao redor pareceu desaparecer. Havia algo no olhar de Sergey que sempre conseguia me prender, como se o mundo inteiro parasse quando ele me olhava daquela maneira.

— Entre — disse ele, com um sorriso terno, e por um instante, parecia que o tempo parou.

Entrei no carro, e Sergey se inclinou para afivelar o cinto de segurança para mim, seus olhos fixos nos meus, capturando cada centelha de emoção que passava pelo meu rosto. Havia algo no gesto que parecia mais íntimo do que eu esperava, como se ele estivesse deliberadamente quebrando a distância entre nós. O calor do olhar dele desceu até o meu decote, e os vidros do carro começaram a embaçar com a respiração acelerada.

Ele recuou levemente, mas o calor entre nós permanecia, como uma chama que insistia em não se apagar. Havia muitas perguntas não respondidas entre nós, mas naquele momento, tudo parecia resumido a uma única verdade inegável: o tesão entre nós ainda estava viva, pulsando.

— As regras da noite são simples — disse Sergey, sua voz baixa e cheia de uma provocação perigosa, enquanto sua mão deslizou pela fenda do meu vestido, encontrando a ausência de calcinha. O toque dele me arrepiou dos pés à cabeça, e por um instante, todo o meu corpo reagiu involuntariamente. Ele passou a mão na minha virilha e eu quase implorei por mais. — Hoje eu vou embebedar alguém, e você vai usar o seu talento com eletrônica para descobrir algo para mim.
O que? Minha mente correu, tentando processar o que ele acabara de dizer. Ele falava com a mesma naturalidade de quem estava planejando uma noite qualquer, mas eu sabia que com Sergey, nada era tão simples. Algo se apertou dentro de mim, uma mistura de excitação e medo.

— O que você está tramando? perguntei. — Não vou para a cadeia por sua causa, Sergey, você está me ouvindo? — Minha tentativa de soar firme foi enfraquecida pelo calor que o toque dele ainda deixava na minha pele. Mas eu precisava saber o que ele realmente queria.

Ele riu. Aquele riso familiar que sempre me fazia sentir como se eu fosse a única que não estava no controle. Sergey passou o dedo lentamente pela fenda do meu vestido mais uma vez, seu olhar carregado de promessas silenciosas. Eu sabia que ele gostava de me testar, de me provocar até o limite, mas dessa vez parecia diferente. Havia algo mais em jogo, algo que eu não conseguia descobrir.
— Fica calma, bonequinha — ele disse, a voz suave, cheia de segundas intenções. — Só vamos nos divertir.

O jeito como ele falou, como se fosse apenas uma brincadeira inofensiva, me fez tremer por dentro. Eu sabia que não seria tão simples assim. Sergey nunca jogava limpo, e eu estava ciente de que, qualquer que fosse o plano dele, eu já estava envolvida até o pescoço.

— Sergey, você não está me dizendo tudo — retruquei, tentando recuperar o controle da situação. — O que você quer que eu descubra?

Ele não respondeu imediatamente. Em vez disso, inclinou-se mais perto de mim, seus olhos fixos nos meus com uma intensidade que fez meu coração disparar. O espaço entre nós diminuía, e o calor da tensão entre nossos corpos era palpável. Ele sempre teve essa habilidade de me fazer sentir perdida e desejada ao mesmo tempo.

— Confia em mim.

As palavras ecoaram na minha cabeça, e, por mais que eu quisesse duvidar, uma parte de mim sempre se deixava levar por ele. Essa era a nossa dança perigosa, sedutora, e sempre à beira da ruína. Mas dessa vez, algo em mim gritava para ter cuidado. Sergey não era totalmente confiável, e eu sabia disso melhor do que ninguém.
Mesmo assim, meu corpo parecia já ter decidido por mim, rendido à atração que sempre existiu entre nós. Eu o encarei, tentando ver além de seu sorriso enigmático, buscando a verdade em seus olhos. Mas, como sempre, ele era um enigma impossível de decifrar.

— E se algo der errado?

Ele sorriu.

— Deixa de ser ansiosa, na hora certa vou te contar.
Por mais que meu instinto gritasse para eu correr, havia algo em mim que sempre retornava a ele.
Esse plano não era nada bom e eu estava me metendo em uma furada, mais uma vez.

Red Snowfall: Edição em PortuguêsOnde histórias criam vida. Descubra agora