" Inicio de tudo "

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O dia era abafado, castigando a pele dos cidadãos de Verade albinos ou quem ousasse sair de sua casa sem um guarda-sol ou protetor solar, crianças corriam alegremente pelas ruas enquanto seus responsáveis apenas olhavam de longe e conversavam, não havia uma única nuvem ou sombra ali, realmente estavam no inferno. Um garoto de longos cabelos loiros andava pela praça utilizando por algum santo milagre uma regata de cor amarela com leves toques vermelhos, seu cabelo era amarrado em um coque desajeitado feito na preguiça e puro cansaço, contanto, um ruivo apareceu atrás do mesmo, o abraçando por trás e levantando seu corpo para cima, assustando o loiro que logo percebeu quem era e sorriu.

" Ah, oi Morajo. Que milagre é essa que saiu de casa, hm? " Perguntou com um belo sorriso nunca visto, seus dentes eram levemente tortos, mas isso era o que dava o charme. " E ai, trouxe os pombinhos? "

" Eu que devia falar isso para você! Passa o dia inteiro trancado no quarto apenas mexendo naquele maldito celular sem nem responder minhas mensagens ou ligações, tá achando que sou palhaço Linn?! " Reclamou como sempre irritado, pondo-o no chão sem o mínimo de cuidado, logo cruzando os braços. " Aqueles dois pararam em uma sorveteria, falaram que estavam com muito calor. Eu aposto que só foram para lá para ficarem juntinhos um se esfregando no outro. "

" Qual é, Morajo, reclamando logo cedo? Ainda é 10 e pouca da manhã. "

" Justamente! 10 e pouca e o calor do cão, parece que invés de estarmos em Verade estamos no quinto dos infernos. "

O mais novo se aproximou do amigo, pegando em seu pulso com a delicadeza que nunca lhe foi concebida pelo mesmo.

" Vem, vamos atrás daqueles dois. E para de reclamar que não quero ouvir tu falando dos outros! "

" Tsk.. Virou meu irmão agora foi? " Dito e feito, ele foi lá e reclamou como sempre.

" Tem vezes que acho que você me odeia sabia? "

" E como não odiar? Queria que eu falasse eu te amo a cada 5 segundos? "

" Seria até melhor sinceramente "

Em segundos, tudo se reduze a pó, o som de sirenes ecoando pelo ambiente que contém um belo clima de tensão e pesado, a casa pegava fogo, mas.. Que casa era essa?.. Puta merda, a casa dos irmãos maçãs.

A fumaça tentava sair pelas janelas, mas por sua infelicidade todas estavam fechadas e só conseguia sair pela fresta da porta que estava trancada, o loiro estava em frente à casa, olhando-a com lágrimas nos olhos. Ele queria gritar, chorar, bater as pernas, adentrar naquela casa e salvar seu melhor amigo, mas o medo que lhe consumia não deixava. Ele estava ali, preso ao passado, presente e futuro, se tornando aos poucos apenas um figurante em meio àquela história toda.










O erro é meu













Eu fodi tudo.












Não era para ter dito aquilo











Ele ficou triste..












Desculpa, Momô..












Eu te amo, tabom? Meu grande e único mar.












Bombeiros arrombaram aquela porta recém colocada, toda a fumaça que ali estava acumulada saiu como uma correnteza de água que fluía livremente pela floresta, o multidão de cidadãos ficaram assustados enquanto os bombeiros gritavam para tampar a boca e o nariz pois aquele ar poluído acumulou-se tanto que ao sair podia sufoca-la até a morte. Torajo olhava aquilo de longe, em grande choque, ele havia saído para comprar algumas coisas, e ao voltar, vê sua casa em chamas e com seu irmão dentro. Linn estava com suas roupas sujas, cobertas por cinzas, uma parte de seu braço estava com queimaduras severas, seu rosto apenas esboça o choque que ficará para a vida inteira, se tornando uma grande cicatriz em seu pequeno e frágil coração.

Gritos pra lá, sirenes para cá, fogo estralando, madeiras caindo, soluços. Esse é o real caos, em especial quando alguém que amas está em grande risco.

O loiro não pôde se segurar, correu até aquela casa em chamas, arriscando seu corpo e alma novamente, isso.. O lembra de um dia.

Era um dia nublado, ele era apenas uma criança tola que não conhecia como o mundo realmente era. Estava brincando na frente de casa com Zulmi que queria fazer uma trança em seu cabelo, mas o mesmo não deixava, risadas para lá, conversas para cá.. Essas coisas bestas de crianças mais novas. Torajo havia aparecido, trazendo seu irmão consigo por algum milagre, o ruivo não aparentava estar muito feliz.. Claro, havia rasgado a pelúcia que Linn havia lhe dado de aniversário e isso o fez triste. O loiro percebeu e correu até ele, o abraçando com determinada força e carinho, no caminho acabava tropeçando algumas vezes, aquela calçada estava realmente necessitando de um remendo.














Momô, você tá 'tiste' porque?






Eu não estou triste, Linn..





Mas você está cabisbaixo! Nem retribuiu meu abraço!





... Eu sem querer rasguei a pelúcia que você me deu..





Agora entedi! Não precisa ficar 'tiste', minha mamãe pode costurar se ela tiver tempo! Vem, vamos mostrar para ela







Ah.. Tabom, Lili..
















Notas do autor:

Sim, eu inventei de criar uma fanfic de moralinn PROBLEMÁTICA YAYYY (necessito de terapia.)

" Ain mas voce nao terminou aquela lá de HxH "

Shiu.. Não lembra :3
Mas vou tentar atualizar as duas, se eu tiver saúde mental para isso ainda rs

Hora de postagem : 02:06.

A culpa é toda minha. (Moralinn) Onde histórias criam vida. Descubra agora