Viajem no tempo?

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O veículo da Umbrella Academy ziguezagueava pelas ruas da cidade, retornando para a academia após uma missão. Lá dentro, o ambiente estava leve, marcado pelas risadas e piadas que ajudavam a descarregar a tensão.

– Ei, Diego! – Jessie começou, rindo enquanto se inclinava na direção dele. – O que foi aquele salto desajeitado que você deu?

Diego revirou os olhos, mas não conseguiu conter o sorriso.

– Era tudo parte do plano, Jessie. Isso se chama improviso. Você devia experimentar, sabia?– ele brincou, piscando para ela.

Klaus, que estava jogado no banco ao lado, esticou os braços em um movimento exagerado, apontando dramaticamente para Diego.

– Ah, sim, Diego, o mestre do improviso! Em breve em um palco perto de você, tropeçando em ladrões! – ele riu e bateu a mão no ombro de Diego.

Jessie não segurou a gargalhada, e, por um instante, ela se esqueceu completamente do peso das missões. Aqueles momentos dentro da van eram raros, mas Diego e Klaus sempre conseguiam deixar tudo mais leve.

– Vocês dois só pegam no meu pé. – Diego resmungou, com um sorriso que denunciava que ele também estava se divertindo.

Enquanto isso, na parte de trás da van, Cinco e Ben conversavam em tom baixo, parecendo alheios à brincadeira.

– Cinco, você foi rápido demais naquela última parte. – Ben comentou, ainda com um leve sorriso nos lábios. – Achei que ia acabar com um pé no hospital.

Cinco ergueu uma sobrancelha, com o sorriso de alguém que sempre tinha uma resposta pronta.

– Velocidade é essencial, Ben. Precisão e velocidade.– ele respondeu, como se fosse óbvio.

Ben riu, balançando a cabeça.

– Claro, mas talvez pular de um telhado sem avisar os outros não seja o tipo de precisão que os médicos recomendam.

Cinco deu de ombros, mas um sorriso permaneceu em seu rosto, trocando um olhar cúmplice com Ben.

Assim que a van finalmente parou em frente à academia, uma multidão os aguardava. Gritos, cartazes coloridos, e câmeras piscando criavam uma onda de excitação que parecia pulsar no ar. Jessie observava a cena pela janela, surpresa.

– Olha só... Eles sempre fazem essa festa quando a gente volta? – ela perguntou, ligeiramente desconcertada.

– Se acostume, Jessie. – Diego deu uma piscadinha para ela. – Eles só estão começando.

Eles começaram a descer do veículo, cada um imerso em seus próprios pensamentos, mas Jessie ainda estava absorvendo o agito ao redor. Quando já estava fora do carro, uma mão inesperada segurou seu braço com firmeza. Ela se virou, um pouco assustada, e se deparou com um garoto que não aparentava ser muito mais jovem do que ela.

Ele estava vestido com uma fantasia caseira que imitava o uniforme da Umbrella Academy. Os olhos do menino brilhavam de admiração e expectativa, como se estivesse diante de ídolos.

– Oi! Eu sou como vocês! – exclamou o garoto, empolgado. – Eu nasci no mesmo dia e sei que tenho poderes também!

Jessie piscou, sem saber como reagir. A expressão do garoto era intensa e ao mesmo tempo esperançosa, e uma mistura de pena e desconforto passou por ela. Mas, antes que pudesse reagir, Cinco surgiu ao seu lado, com um olhar protetor que raramente mostrava.

– Ela está com a gente. – murmurou Cinco, afastando a mão do garoto do braço de Jessie com um movimento firme.

Jessie deu um passo para trás, ainda surpresa pela ousadia do menino e a rapidez de Cinco em protegê-la.

𝕿𝖍𝖊 𝖀𝖒𝖇𝖗𝖊𝖑𝖑𝖆 𝕬𝖈𝖆𝖉𝖊𝖒𝖞 • ℕ𝕦𝕞𝕓𝕖𝕣 𝕊𝕖𝕧𝕖𝕟Onde histórias criam vida. Descubra agora