Cap 11: Cruzando limites

4 1 11
                                    

"A sabedoria começa na admiração

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

"A sabedoria começa na admiração."

-Sócrates

— O que aconteceu com o seu rosto? — O detetive perguntou, sem esconder a preocupação, os olhos cravados em mim enquanto eu me sentava à mesa do café que preparei para nós.

Eu havia acabado de sair do expediente no cybercafé e os hematomas do dia anterior ainda eram visíveis. Seus olhos fixaram no curativo no meu maxilar e no corte próximo à sobrancelha.

— O quê? — Falei com indiferença, mas ele continuou.

— Esse curativo, esse corte... você tava inteira dois dias atrás. — A tensão em sua voz era evidente, mas o detetive mantinha a postura firme, analisando cada detalhe.

— Você que me disse para ir falar com aquele chefe de gangue, não foi? — A pergunta saiu carregada de sarcasmo.

— Ele fez isso com você??? — A voz dele subiu, e pela primeira vez, vi um lampejo de raiva nos olhos de Barry.

— Não exatamente. Ele quis testar se o que eu disse na festa era verdade... mandou três grandalhões virem para cima de mim. Um deles acabou no hospital. Então, até que estou bem. E, bom, o que você queria saber? Eu tô dentro!

— Você me surpreende a cada dia... Mas foi fácil assim?

— Você me ouviu agora? Três grandalhões... E...

— Entendi, mas mesmo assim... Não acha estranho você ter entrado tão fácil numa gangue chamada Fantasma, que é tão restrita?

— Disseram que no começo não vou ter acesso a tudo. Só até confiarem 100% em mim.

— Hmm... ainda acho estranho. — Ele olhou desconfiado, mas logo mudou o foco.

— O café vai esfriar.

Ele bufou, mas não tirou os olhos de mim. — Tá escondendo algo de mim, Eun-Jin?

— Por que você acha isso? — Apesar do meu tom natural, senti que ele estava me estudando mais a fundo.

— Você sempre para antes de falar certas coisas. Parece que tá calculando demais as palavras. Tem algo que você precisa me contar?

Eu hesitei por um momento, mas o encarei de frente. — Integração.

— O que é isso?

— Tem um grupo aí devendo pros Fantasmas. Querem que eu dê um fim nos caras, se eles não pagarem.

— Você tá maluca? Você não pode matar alguém!

— São foras da lei, Barry. A polícia já faz isso o tempo todo.

— Mas em legítima defesa! A gente não sai de casa com a intenção de matar alguém!

— Eu também não. Tô indo com a intenção de pegar a grana. A morte é só um "plus".

No pain No emotionOnde histórias criam vida. Descubra agora