Cap 3: Atrás de respostas

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"Não existe nenhum caminho lógico para a descoberta das leis do universo - o único caminho é o da intuição"

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"Não existe nenhum caminho lógico para a descoberta das leis do universo - o único caminho é o da intuição"

-Albert Einstein

— Sou da polícia. Preciso das informações daquela jovem que trouxe hoje mais cedo. — Minha voz estava calma, mas minha mente, inquieta. Mostrei meu cartão de identificação, sem desviar o olhar da recepcionista.

Ela pegou a ficha e o laudo médico, hesitando por um segundo antes de me entregar. — Claro, senhor. Aqui está.

Li o nome na ficha: Eun-Jin, 21 anos. Mas... não havia nenhum endereço, nenhum número de contato.

— Não tem nenhum registro de endereço ou telefone? — Perguntei, curioso.

— Ela disse que estava de mudança e que tinha perdido o número. Alegou que quase nunca usava a operadora, então isso foi tudo que conseguimos coletar. — A recepcionista parecia incerta. — Mas... os exames estão aí. Ela passou por uma série de procedimentos.

— Interessante... — murmurei, enquanto revisava os detalhes. — Apesar dos hematomas e fraturas, ela parece estar em boa saúde. Apenas uma deficiência de vitamina D. Mas espera, isso aqui... — Minha voz parou por um momento, meus olhos fixos em uma linha específica. — Analgesia congênita?

A enfermeira se aproximou, espiando o laudo ao meu lado. — Sim, é uma condição rara. A pessoa não sente dor.

— Então, mesmo com todos esses ferimentos...

— Ela não sentiu nada. — A enfermeira completou a frase, com uma expressão preocupada. — É muito perigoso. A dor é uma forma de o corpo nos alertar que algo está errado. Sem isso, uma pessoa pode se machucar gravemente e nem perceber.

Me afastei por um momento, processando as informações. A falta de dor... isso explicava como ela havia sobrevivido a tudo aquilo. Mas também levantava mais perguntas. Pessoas com essa condição precisam de acompanhamento médico frequente. Isso significa que ela deveria ter um histórico... em algum lugar.

— Posso checar os registros dela nos hospitais da região? — perguntei, tentando disfarçar minha crescente ansiedade. Algo sobre essa garota não se encaixava, e eu precisava de respostas.

A enfermeira acenou com a cabeça e começou a digitar no sistema. Alguns minutos se passaram em silêncio até que ela encontrou algo. — Não há endereço em nenhum dos registros, mas... — Ela parou, franzindo o cenho. — Aqui tem um contato registrado de um responsável.

— E o que diz o laudo médico? — Minha curiosidade aumentava a cada detalhe revelado.

— Houve um incidente... uma gripe forte. Ela teve febre alta, 40 graus, e desmaiou no trabalho. Pensou que fosse apenas uma fraqueza, talvez um resfriado, mas era algo mais sério. O patrão dela foi quem a trouxe para o hospital. — A enfermeira lia diretamente da tela.

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