CAPÍTULO 18

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CERIMÔNIA DO CAPO

 

   A lua parecia tão inebriante entre algumas copas das árvores, o vento fresco da noite, Charlie sentia aquele cheiro de aroma de peônia com um bálsamo de dália, ele estava deitado languidamente e olhava as estrelas do céu, a imagem viva de Babe era real, aquele sorriso que deixava Charlie de pernas trêmulas. O cheiro da flor de peônia com a mistura de dália fazia com que Charlie embalava o corpo de Babe e arredoava sua cintura mordiscando seu pescoço, sentia Babe em seus braços, usando as mãos e acariciando a pele macia do ômega.

  Tão real que ao mesmo tempo Charlie sabia que era imaginação da sua cabeça, ele queria estar com Babe em seus braços, beijando e sentindo cada parte do corpo de seu amado, ele estava longe. Aquele cheiro só instigava seus pensamentos que voavam para Babe, e Charlie imaginou o que o ômega estaria fazendo naquele momento, dormindo, ou, pensando nele? Silenciosamente a noite passou.

   Um novo dia começava a se acender, ainda era escuro, caia orvalho do lado de fora, cinco horas da manhã acordou com o sino ecoando fora. Ele se espreguiçou na cama, minutos depois ele saiu para fora, havia um homem alto forte, era o mesmo que ele tinha visto no dia anterior e sua mente borbulhou, mais tarde, tudo foi descarregado para dentro de um galpão, caixas pesadas, e malas, e no fim. Charlie pensou que aquilo seria distribuído para outra gangue, dois furacões, uma demolição profunda em sua mente, ele só teria apenas dois dias para descobrir alguma coisa.

  Depois de tudo feito, aproximadamente dez homens ali com ele, mas do outro lado a uns metros, movimentação, homens saindo apressados para fora. O lugar parecia uma ilha deserta, tinha uma casa grande que poderia acomodar qualquer chefe, e portanto, vários alojamento e cabanas onde ficavam o braço direito, caporegime. Charlie olhava e alguém se aproximava dele apressadamente, isso aconteceu depois do meio-dia, e segundos depois aquele homem ficou em sua frente, respirando pesadamente.

  — Você pode nos ajudar? O homem disse ainda ofegante — Por favor.

  Charlie subiu o olhar até o rosto, uma pessoa jovem aparentemente de trinta e poucos anos, estava em sua frente com as mãos no joelho, e Charlie continuou sem dizer nada.

   — Por favor!

A respiração mais calma, ele levantou seu corpo e olhou para Charlie, esperava alguma resposta ou movimento que o alfa pudesse dizer.

   — Porque não chama o caporegime? E Charlie sabia o motivo daquele homem vir até ele — Essa será a última vez.

Um dia antes, Charlie havia ajudado em uma separação de briga com outras pessoas, o alfa foi até o local e, lá dois homens em briga corporal, o oponente não teria como escapar, já que o outro estava cercado, estava se sentindo constrangido no meio de várias pessoas ao redor, quando se levantou depois de um soco em seu lábios que sangrava, buscando uma rota de fuga, enquanto o outro pegou uma madeira e o acertou.

  Charlie aproveitou que havia um homem caído no chão e entrou dando uma chave de braço e um leve empurrão, e o homem tentou se desfiliar de Charlie com uma cotovelada em seu abdômen, mas Charlie esquivou, depois disso, e o homem foi perdendo a consciência, ainda com o braço de Charlie em seu pescoço fazendo desmaiar. Todos olhavam a agilidade que Charlie tinha, mas o alfa tentou parecer que não era muito bom em luta, e que ninguém desconfiasse dele, mas na real Charlie era um ótimo lutador, e de longe alguém observava, ele tentaria ser não muito visível ali, ele sairia em dois dias.

DESEJOS SOMBRIOS • CHARLIEBABE Onde histórias criam vida. Descubra agora