CAPÍTULO 15

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POSSO ACREDITAR

   Charlie olhou para fora da janela de vidro que se estendia do teto ao chão, desse apartamento Ross hotel, a visão era tão limpa como em sua cobertura na quinta avenida, onde tinha uma visão geral de toda a parte da cidade, apesar dos prédios altos. Estava apenas de cueca em pé olhando, virou seu olhar para trás, Babe estava dormindo preguiçosamente sobre a cama, e fazia frio, ele caminhou em direção a cama deitando novamente, aninhando ao corpo de Babe.

  Era cedo, e Babe se afundou no pescoço de Charlie. O que lhe faltava não podia ser comprado com dinheiro ou saciado por qualquer outro homem, apenas por um que tinha bagunçado sua vida, um que fez descobrir que ele podia sentir mais. Ali estava Babe relaxado em seus braços, mesmo depois de tudo que aconteceu, não precisava compreender muito, bastava apenas aceitar, que eles não poderiam viver separados.

  O ponteiro do relógio marcava oito e meia da manhã quando Babe acordou, o braço de Charlie era seu travesseiro, provavelmente o alfa teria uma dor quando acordasse. Ele olhou para Charlie que dormia, com sua mão ele ajeitou o cabelo do alfa, levando um mecha para lado, Charlie tinha um semblante calmo e sereno, aquele cabelo bagunçado o deixava tão atraente e másculo, a boca em forma de coração, os lábios gradualmente em tons neutro.

  Babe traçou o rosto de Charlie seguidamente, elevou sua mão à bochecha do alfa suavizando sua pele. Ele agradeceu por ter acordado primeiro e vê-lo daquele jeito só confirmou o fato que ele sempre pertenceu a Charlie, e o alfa tinha o controle de seu corpo. O cheiro do sabonete junto com a loção ainda exalava do corpo de Charlie, eles tinha tomado banho depois do sexo que os dois tiveram, Charlie mexeu na cama e Babe ficou imóvel.

  — Estou adorando sentir seu toque! Charlie disse com os olhos fechados, ele tinha acordado quando Babe passou a mão em sua boca — Meu corpo é todo seu.

  Charlie sorriu, havia alguns segundos que ele havia acordado, ficou em silêncio enquanto Babe analisava seu rosto inteiro.

— Há quanto tempo está acordado? A pergunta veio logo depois de um tapa leve que Babe deu em Charlie — Porquê fingiu estar dormindo?

  Eles tinham o dia todo, Babe estava escalado para trabalhar a noite, e Charlie pediu um dia de folga. Ficaram se olhando por segundos, Babe levantou quando percebeu que Charlie tinha acordado antes deles, e havia escovado os dentes pelo cheiro do creme dental que saia do ar de sua boca. Na cozinha Charlie checou seus e-mails no celular por um tempo e mensagens, até que ouviu um arrastar e olhou para ver Babe entrando na sala.

  — Eu demorei. Sua voz, era melodiosa, era mais baixa, mais rouca, ainda sonolenta.

  — Volte a dormir. Charlie disse e o ômega esfregou os olhos — Pedi comida. Ele gesticulou para as sacolas e caixas em cima da ilha da cozinha.

  Babe deu um pequeno sorriso e sentou na banqueta antes de abrir a tampa da caixa, havia várias refeições, ainda estava morna, ele pegou e começou comer.

   — Você poderia dormir aqui! Charlie disse olhando para Babe, mas logo desviou para seus antebraço com veias salientes quando Charlie se encostou ali.

   O ômega bebeu um gole de água e olhou para Charlie, ao contrário do que ele pensava, o alfa estava com uma expressão suave no rosto, quase despreocupado. Quase.

  — Você quer isso? Babe perguntou, dando um olhar longo e penetrante e Charlie apenas assentiu, engolindo em seco com intensidade daqueles olhos pretos — Mas só se você quiser. Ele jogou de volta e fechou a vasilha, satisfeito.

DESEJOS SOMBRIOS • CHARLIEBABE Onde histórias criam vida. Descubra agora