CAPÍTULO 12

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EM TEUS BRAÇOS


   Se tivesse a certeza de que eles pretendiam chegar, se vai ser na lua ou em plutão, ou ser em qualquer planeta. Não importava quão longe, cansados e esperando acontecer as tempestades e o calor abrasador da vida, beberam algumas águas, às vezes até insalubres, para sobreviver a tanta inundação. Não tinham à passagem do tempo sem concluir o esperado pelo certo, a vitória chega no limiar da vontade de Deus.

  Com o legado de fazer a meditação de vasta observância e paralisação. Não pretendia interpretar os pensamentos, aqui para não tolher sua percepção, cuidado com a má interpretação para que não seja considerado um doutor em ignorância de conhecimento e criação. Não usar aspas aqui pois não precisava destacar o que não é a literalidade do escrutínio da realização. Se não entendeu, não procure saber na ânsia da curiosidade o que é apenas uma conotação do que todas as versões quando vir à tona o dito limiar em questão seja compreendido por eles.

  A vida ensina, não é grande ou pequena, há o generoso e o tacanho. Quem com olhos de bondade ver, não assassina a alma do semelhante. Não há maldade sem planejamento nem afago que não cure. Ser tão bons quanto queriam ser, tão ruins quanto imaginavam ser. Eles eram acalentados pelo calor do amor, e ressecados pela frieza do ressentimento. O mais difícil era mensurar a brisa que acalmava o coração e as gotas que caiam dos olhos pela alegria ou pela tristeza que o amor provocava diante do sabor ou dissabor da dor.

  Não imaginava uma vida sem preocupações, alegrias sem frustrações, a madureza é feita a partir do entalhe que a alegria e a dor esculpem na mente e no coração. Graças às verdadeiras dores que ensinavam eles, que a alegria é efêmera e mentirosa, embora deliciosa, enganavam e anestesiava e deixavam inconscientes que a vida é difícil. Mas é isso que alegra e divertiam eles, a verdadeira mentira que o mau é bom e que o bom é fútil.

    Charlie acordou sonolento, pensando sobre a noite, Babe dormia ao seu lado, eles se conheciam pouco, mas não precisavam de muita coisa. O amor é além da compreensão, com o tempo  tudo viesse a  ser compartilhado, qual seria a história por trás de tudo, Babe na noite anterior ficou paralisado, Charlie colocou o cotovelo no travesseiro e ficou admirando Babe, a expressão do rosto parecia angelical, a pinta na bochecha próximo ao nariz do ômega o deixava tão sexy, e Charlie tirou alguma fresta de mexas de seu cabelo e jogou para trás, o deixando mais atraente.

  — Eu tenho medo do meu próprio coração. Charlie disse sentindo-se derreter — Estou me tornando dependente de você.

   Charlie tinha medo de seus sentimentos, ele estava se apegando muito, já tinha se passado três semanas que eles estavam juntos, Charlie não pediu em namoro Babe, mas eles já se sentiam como namorados.
 
  — O que você tem medo?

Babe acordou pouco segundos depois que Charlie, mas fingiu estar dormindo, mas na verdade, se estivesse mais alguns minutos de sono, ele com certeza tinha ficado dormindo mais, ele despertou por completo e mantinha sua pose de estar dormindo.

   — Estava fingindo dormir? Charlie jogou um travesseiro nele — Há quanto tempo está acordado? Huh.

   — Desde que você tem medo e está se tornando dependente. Babe disse virando para o rosto de Charlie — O que você tem medo?

  Charlie levantou da cama, o ponteiro do relógio marcava nove horas da manhã, se eles tivessem trabalho naquele dia, já tinham perdido as horas, mas era domingo, Babe só voltaria trabalhar na segunda. E Charlie pediu um dia de folga, eles podiam passar aquele domingo juntos naquele apartamento sem se preocupar por aquele dia, Babe acompanhou o alfa até o banheiro.

DESEJOS SOMBRIOS • CHARLIEBABE Onde histórias criam vida. Descubra agora