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CALISSA RODRÍGUEZ ROMANOV universidade Stanford, Califórnia
ACORDEI CEDO naquela manhã em Stanford, o sol ainda despontando no horizonte e iluminando o campus com sua luz suave. Eu me sentia cansada, mas ao mesmo tempo motivada - as semanas de provas estavam se aproximando, e o ritmo de estudos só aumentava. Vesti rapidamente minha roupa: jaleco por cima de uma blusa simples e uma calça de alfaiataria, e saí de casa apressada, com meus livros de medicina e o estetoscópio pendurado no pescoço.
As aulas daquele dia seriam sobre fisiologia neurológica, um tema que sempre me fascinou. Entrei no auditório da faculdade e sentei ao lado de Loren, que já estava ali com sua expressão serena, revisando os slides da aula anterior. Nos cumprimentamos com um aceno, e logo o professor começou a explicação. Era um assunto complexo, mas, como sempre, Loren e eu discutíamos as dúvidas enquanto o professor explicava. Estávamos em sintonia quando se tratava de estudar juntas.
Após as aulas, já exausta, Loren sugeriu que fôssemos almoçar no restaurante perto da biblioteca. Concordei imediatamente, feliz por uma pausa para respirar. Sentamos em uma mesa perto da janela, com vista para os jardins do campus. Enquanto esperávamos a comida, Loren comentou:
- Essas aulas de hoje foram intensas, hein? Acho que já estava desacostumada depois de uma semana fora.
- Com certeza, estou com a cabeça cheia, mas até que fez sentido. Só preciso revisar mais os mecanismos de feedback negativo. E você, como está com os estudos? As provas estão te preocupando?
Loren sorriu, mas com uma pontada de preocupação no olhar.
- Acho que estou lidando bem, mas sempre bate aquela ansiedade - a gente não conversava sobre essas coisas, mas ela sabia que eu não queria falar sobre meu noivada e respeitou isso.
O almoço seguiu descontraído, e, apesar do estresse das provas, sair um pouco do ambiente de estudos para conversar com uma amiga fazia tudo parecer mais leve. Quando terminamos, voltamos juntas para a biblioteca, renovadas e prontas para encarar mais um dia de preparação.
Loren estava animada falando sobre as aulas, mas meu pensamento estava longe, em outro campus, outro lugar.
- Sabe, Loren, por mais que Stanford seja incrível e eu entenda a importância de estar aqui, às vezes sinto muita falta de Yale. - Eu suspirei, tentando encontrar as palavras certas. - Era tão diferente lá. As aulas, os professores, até o jeito que a cidade se movimentava. Não consigo me acostumar completamente com essa mudança.
Loren me olhou, surpresa, mas compreensiva.
- Eu imagino. Yale tem essa atmosfera clássica, né? Mas Stanford também é incrível, tem uma energia única. O que você mais sente falta?
