⿻❏ Lyle Menendez e Calissa Rodríguez Romanov são forçados por suas poderosas famílias a se casar, em uma tentativa de fortalecer seus impérios financeiros e políticos. Enquanto Lyle carrega os segredos sombrios de sua controversa família, Calissa l...
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CALISSA MENENDEZ Universidade de Stanford
SAINDO DA ÚLTIMA AULA, o campus ainda estava movimentado, mas eu só conseguia pensar que Lyle estaria me esperando. Respirei fundo ao descer as escadas e, ao atravessar os portões, avistei-o encostado em seu carro preto, com os braços cruzados e o olhar atento, passando rapidamente pelos estudantes que saíam. Quando nossos olhares se encontraram, ele descruzou os braços e abriu um sorriso contido, mas genuíno, me fazendo sentir um leve frio na barriga.
Caminhei até ele, e, quando cheguei perto, ele já estava abrindo a porta do passageiro para mim.
— Oi, achei que demoraria mais — ele disse, a voz suave, os olhos fixos nos meus.
— Minhas aulas acabaram mais cedo — respondi, sorrindo enquanto entrava no carro. Sua atenção aos detalhes era algo que, apesar de nossas diferenças, eu admirava. Lyle fechou a porta com cuidado, deu a volta e entrou pelo lado do motorista, assumindo o volante com um ar calmo.
Quando o carro começou a se mover, ele quebrou o silêncio com um leve sorriso — Dia cheio?
Revirei os olhos levemente, com uma risada suave — Sim, bem cheio, na verdade. Mas estava contando as horas pra isso.
Ele ergueu uma sobrancelha, surpreso — Para a consulta?
Assenti, olhando para o lado de fora. — Sim. Acho que ouvir o coração deles vai fazer tudo parecer mais... real.
Ele fez um leve aceno com a cabeça, claramente absorvendo minhas palavras, enquanto os sons e paisagens do campus ficavam para trás.
Enquanto pegávamos a estrada para o hospital, ele continuava com pequenas perguntas sobre o meu dia, meus estudos e, vez ou outra, falava um pouco do trabalho, os olhos ainda fixos na estrada, mas com atenção em mim. Era raro termos esses momentos de leveza, sem pressões ou obrigações pesando sobre nós.
— Você está feliz com tudo isso? — perguntou ele de repente, como se o assunto estivesse em sua mente há algum tempo.
Virei para ele, surpresa pela sinceridade — Estou... tentando me acostumar. Mas acho que hoje vai ajudar. E você?
Ele respirou fundo, parecendo refletir — Acho que sim. Quero viver isso com você, Calissa — era uma resposta simples, mas cheia de significado, e a forma com que ele disse me fez sentir uma proximidade genuína.
Sentada na sala de espera, meus olhos vagavam pelas paredes enquanto o silêncio entre Lyle e eu parecia pesado e cheio de expectativas. Ele se limitava a folhear uma revista qualquer, mas sabia que era apenas um disfarce para a ansiedade – a forma como seus dedos apertavam as bordas das páginas denunciava o nervosismo. Eu estava praticamente hipnotizada pelos meus próprios pensamentos até que a enfermeira chamou o meu nome, e Lyle imediatamente se levantou, estendendo a mão para me ajudar.
