Parecendo um monstro e isso que era. O loiro saia de seu túmulo se rastejando.Não havia ninguém pelo cemitério, a não ser as almas perdidas e desamparadas.
O sol estava se pondo e então as luzes dos postes já estavam ligadas.
Mas é claro que com a presença de Deidara, todas por perto piscavam, uma assustadora cena de filme de terror.
O clima ali estava pesado, pena que não tinha ninguém por perto. Sorrindo, Deidara levantou lentamente, sentindo o cheiro da terra em seu corpo.
As luzes começaram a explodir, uma após uma e então Deidara começou a rir. Bem, aquilo não podia nem ao menos ser chamado de Deidara, já que aquilo não era o Deidara.
O demônio então saiu do cemitério, explodindo as luzes por onde passava. Foi então que tudo parou, já que ele estava no meio do pequeno vilarejo.
Havia muita gente ali, alguns ao perceberem sua presença ali, o olharam com os olhos arregalados.
Logo com os murmúrios sendo começados a ecoar pelo local, todos o olhavam.
Apenas por um segundo, um milésimo segundo. Deidara voltou assim mesmo, podendo escutar eles falarem. Aquilo o fez lembrar do seu passado. De suas várias vidas.
Aquelas vozes na qual escutava incansável quando era queimado, aquelas vozes que o esnobaram enquanto gritava por ajuda.
Aquelas malditas vozes que o separaram de seu amor. Logo o demônio voltou ao corpo do loiro. Rindo daqueles à sua frente.
Todos estavam extremamente assustados. Não seria normal alguém que foi considerado morto a alguns dias atrás, onde todos da vila presenciaram o enterro, aparecer ali.
- Ele não estava morto? - a senhora perguntou já branca.
- Mamãe, eu estou com medo - a criança se escondia atrás de sua mãe.
Talvez ela conseguia sentir a energia ruim que o demônio exalava.
Mais e mais murmuros foram se espalhando, até um tentar se aproximar para entender o que estava acontecendo.
- Deidara? - o senhor perguntou se aproximando um pouco do loiro.
- Aqui não tem nenhum Deidara - a voz sombria e sinistra fora escutada por todos ali presentes.
O senhor travou no lugar ao ver o loiro levantar sua cabeça que até então estava um pouco para baixo, fazendo seu enorme cabelo cobrir seu rosto.
- D-d-demônio - tentou falar se tremendo por inteiro apontando para o loiro.
- Eu? - apontou para si mesmo, sendo o mais cínico o possível.
- C-c-c-corram - o senhor tentou avisar aos outros, mas infelizmente falou muito baixo.
O demônio cansado apenas se aproximou mais um pouco do senhor, e lhe arrancou a cabeça. Fazendo o sangue voar para todos os lados, sujando tudo que estava próximo.
Gritos foram escutados e agora todos corriam. Os gritos desesperados de choro das crianças que estavam presentes, alegravam o demônio.
...
Em frente à fonte de sorte da cidade, o demônio estava ali parado a encarando. A vila pegava fogo por todos os lados, a chacina havia sido grande. Os corpos frios e até restos de alguns, estavam espalhados pela vila.
Estava satisfeito, havia mandado várias almas para seu mestre.
Sorrindo para a água que caia um pouco vermelha, a observava caindo. Enquanto escutava o barulho da madeira sendo queimada.

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Noivo - Tobidei -
Roman d'amourAo perceber que seu noivo não apareceria. Angustiado, Deidara correu dali, indo para qualquer direção na qual achou melhor. Acabou chegando em uma floresta, e encontrou um homem, estranho e encantador. Esse que parecia o conhecer muito bem, ao cont...