5: Queima

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Deidara olhava ao redor, se vendo em um lugar escuro, mas era muito quente. Tão quente que sentia sua pele queimar.

Escutava gritos de agonia de uma só pessoa, e gritos de felicidade de alguns. Era agoniante aquilo.

De repente tudo ficou claro, não como gostaria, mas dava para ver bastante coisa. Parecia estar em um local deserto, estava de tarde, quase anoitecendo.

Avistou um ser, andando todo coberto. Andava um pouco bambo, e parecia ter algo na barriga, já que estava com a mão sobre o local.

Ficou confuso com aquilo, e observou o ser passar ao seu lado. Parecia não ter visto.

- Ei - chamou tentando tocar nele.

Com isso, o ambiente simplesmente mudou. Ainda estava no deserto, mas não parecia ser o mesmo dia e tinha algo diferente.

Um castelo, sim. Havia um castelo ali. Onde tinha vários troncos de madeira no chão e algo neles. Não conseguia enxergar muito, já que estava de noite.

Aquele ser ainda estava lá, andando. Mas parecia estar mais fraco, ele andava até o castelo. Deidara apenas o acompanhou, vendo que não adiantaria tentar tocar ou falar.

Quando pode ver mais de perto, aqueles troncos de árvores, tinham vários corpos colocados ali. De forma grotesca e nojenta, sentiu o estômago revirar com aquilo.

A pessoa encapuzada que seguia, parecia não se importar muito com aquilo. Talvez seja porque já perdeu tanto sangue que sua visão já estava embaçada.

Seguiu o encapuzado até a entrada do castelo, passando sobre os vários corpos. Aquilo tinha um cheiro terrível.

Diante a porta, a pessoa encapuzada então a abriu. Não bateu e nem avisou, apenas entrou.

Deidara se perguntava se aquele ser conhecia aquele lugar. E também porque tinha vários corpos ao redor daquele castelo.

Entrou junto com o outro, vendo o quão escuro era aquele lugar. Não conseguia enxergar muita coisa, apenas o encapuzado.

O castelo parecia ser mais escuro do que a própria noite sem luz e nem lua. Observou o encapuzado respirar o quanto dava, já que parecia que não tinha mais ar em seus pulmões.

- Com que direito você entrou em meu castelo? - uma voz grossa ecoou pelo enorme cômodo.

Deidara se arrepiou, tentando procurar de onde vinha aquela voz.

O encapuzado parecia tentar responder, porém estava muito difícil.

- Responda-me - de novo a voz se fez presente.

- Me ajude - com um fio de voz, o outro falou.

Deidara olhou para o encapuzado e se aproximou dele, vendo que realmente a ferida estava piorando. Mas ainda se perguntava, por que ele andou tudo isso?

- Por que acha que eu te ajudaria? - a voz grossa perguntou em zombaria.

E então passos foram escutados, Deidara pode ver uma silhueta de alguém no escuro. Essa pessoa era alfa e parecia ter o corpo bem forte.

- Me ajude, eu realmente preciso de sua ajuda. Vim de longe, já que soube que você é um médico muito bom - parecendo usar todas as forças, o encapuzado falava com dificuldade.

Deidara ficou confuso, médico é uma coisa que aquela ser não parecia ser. O que mais o deixou incomodado, era que aquele ser tinha um cheiro familiar.

- Ser médico não significa que sou obrigado a te ajudar. E no final das contas, eu não sou médico - o senhor disse sério.

- Ma... - foi interrompido.

Noivo - Tobidei -Onde histórias criam vida. Descubra agora