Noivo - Tobidei -

14: Punição divina

Em choque...

Era assim que eu estava, foi tão repentino que eu não sabia nem como agir.

Novamente Deidara estava longe de mim. Não sabia o que tinha ocorrido, apenas sentia tudo meu doer.

Não sei como ele me mandou para longe com tanta força e nem sequer tive oportunidade de entender.

Por que sempre tem que ser assim? Sempre algo tem que acontecer?

Me sentei na poltrona da sala, com um copo de whisky. Parado olhando para o nada...

...

De novo no mesmo lugar... A dor em minhas costas só aumentava, respirar não era possível e ainda com a descida tudo pareceu piorar.

- De novo aqui? - escutei uma voz conhecida.

Tentei me levantar, conseguindo depois de alguns minutos. Era algo deplorável, minhas costas doíam tanto.

- O-o qu-que está acontecendo? - perguntei chorando e logo caindo de joelhos.

Comecei a me contorcer pelo chão, enquanto por um borrão que eu enxergava, o vi se aproximar de mim lentamente.

- Do que esta fala... - o interrompi por um grito estridente de dor.

Me virei de barriga para baixo, apertando o chão em meus dedos, sentindo eles rasgarem e o sangue fresco logo se fazer presente.

- M-minhas c-cos-c-costas - me forçava a falar.

- Qual é a sua noção de me interromper, seu ser inferior. O que tem em suas costas, para que toda essa cena? Deixa eu ver - depois disso, eu só pude escutar um silêncio vindo dele.

Eu sentia seus olhos em minhas costas, mas ele não falava nada. Até que eu não possa aguentar mais quando sentir como se algo estivesse rasgando minhas costas, e então desmaiei.

...

Vendo suas forças acabarem, eu continuei com os olhos em suas costas. Encarando uma pena branca, suja de sangue, saindo de lá.

Isso era impossível, apenas quem era um anjo poderia ter uma asa. O que estava acontecendo ali?

- Sei o que está tentando fazer, mas já disse. Esse ser já é meu, ele é meu filho - murmurou sério.

Levei minhas mãos para as costas do loiro, eu não deixarei ele pegar essa alma tão facilmente.

Tinha que fazer ele aguentar um pouco mais. Depois de algum tempo, logo seus gritos voltaram, mas seu corpo continuava desacordado.

Mais e mais penas rasgavam suas costas, até finalmente sair uma asa completa. Era tão grande que eu fui jogado para longe.

- Você é um saco - disse me levantando.

Eu não podia fazer mais nada, aquele maldito estava intervindo demais.

Tive que me manter longe do loiro por algum tempo, enquanto eu o via se contorcer por inteiro enquanto mais e mais penas saiam de suas costas.

Quando finalmente acabou. Ele já tinha seis asas ao total, três em cada lado. Eram tão brancas que chegavam a parecer uma luz clara.

Mas isso não ficaria por muito tempo, e eu não deixaria aquilo durar por muito tempo.

Me aproximei finalmente dele, o vendo respirar calmamente depois de tantos gritos. Aproveitando seus lábios entreabertos, derrubei algumas gotas de sangue em sua boca.

O vendo começar a se tremer e se contorcer. Os gritos de horror voltaram, enquanto suas asas brancas se tornavam negras.

Agora sim, agora essas asas estão magníficas.