Aviso: Esse capítulo tem cenas de violência, suicídio e capacitismo, então se você tem algum tipo de gatilho com esses assuntos, não leia!
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-O que? San? Ele é o monstro? - Jangmi perguntou, encarando a criatura em sua frente. Ele tinha um corpo gasoso, como um fantasma, se parecia com uma ameba enorme, com olhos amarelos esbugalhados e dentes tortos que mudavam de lugar toda hora.
-Sim, Jangmi-yah, ele vai destruir o nosso mundo! Acredite em mim, eu sei o que estou falando!
Jangmi piscava, atônita. -Eu preciso fazer o que? Matá-lo?
-Isso. Mate. - Ela sentiu mãos segurarem seus ombros, havia outra criatura atrás dela. -Mate com uma faca da cozinha. Pegue e afunde no pescoço dele.
-Pescoço?
-Isso.
Jangmi sorriu. -Então vou salvar todo mundo?
-Vai.
-Mas...eu gosto do San. Ele é meu filho! Ele saiu de dentro de mim.
-Ele é um demônio. O diabo o colocou dentro de você para que o parisse. - A criatura atrás dela falou. -Ele é um filho do capeta, ele vai matar todos, começando por você e Sancheol.
Jangmi piscou e sorriu. -Se eu vou salvar meu Sancheol, tudo bem, então.
-Amor, estava falando algo?- Seu marido entrou no quarto, vendo a mulher sozinha no meio do cômodo, olhando para sua frente, onde não havia nada. -Achei que estivesse conversando comigo, não ouvi bem.
-Não, eu não estava falando com ninguém. - Jangmi sorriu, os olhos sumindo no rosto, adoravelmente.
Ela havia aprendido a mentir com a ajuda de suas miragens, os monstros diziam que se escondiam das pessoas por perto dela para que pudessem protege-la, que eles eram seus verdadeiros amigos. Então, toda vez que Sancheol ou o filho lhe perguntavam com quem ela estava falando, Jangmi mentia e dizia que não estava conversando com ninguém.
Mal sabia ela de que sua mentira nunca passou de uma verdade.
-O tratamento está te fazendo bem. - Sancheol tocou o rosto da esposa e sorriu, deixando um beijo em sua testa. -Está tomando todos os remédios?
-Sim!
Não. Jangmi não tomava os remédios porque as vozes em seus ombros lhe contaram que aquilo era veneno. San estava lhe dando veneno para que ela morresse e não impedisse seus planos de genocídio.
Grande mentira da própria cabeça dela.
San nem sabia que a mãe tomava remédios, e para falar a verdade, ele nem sabia o que "genocídio" significava.
-Que bom, meu amor. - Sancheol a beijou. -Já jantou? Estou acabado do trabalho, quero dormir logo.
-Vamos dormir. - Ela sorriu, tocando o ombro do marido. -Ou...quer se divertir um pouco antes?
Sancheol não negava nada à esposa. Ele a segurou pela cintura e guiou até a cama, enquanto a beijava com todo o amor do mundo.
Ele amou poucas mulheres na vida, mas tinha certeza de a que mais amou durante toda a vida foi e sempre seria Jangmi.
Confiava nela, a amava, admirava aquela mulher e quase a idolatrava como uma deusa. Jangmi tinha dezenas de pretendentes e ela o escolheu, como Sancheol poderia não ser grato?
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Eye-Path: A caminho dos seus olhos
RomanceKang Yeosang é o filho mais velho da família Kang, donos de uma multinacional de tecnologia, mas eles querem se livrar dele. Yeosang tem um sério transtorno mental e é antissocial, além de ter um segredo escondido debaixo de seu tapa-olho, nunca rev...