Capítulo 57: A curiosidade do que é novo

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Jiwoo, curiosa sobre a nova integrante da família, olhou para Ami com um sorriso acolhedor e perguntou:

— Então, Ami, me conta. De onde você é? O que faz da vida?

Ami, um pouco tímida, respirou fundo e sorriu antes de responder:

— Eu sou do Brasil, mais precisamente do interior de São Paulo. Embora seja uma cidade grande, comparada à Coreia do Sul, o lugar onde cresci tem uma sensação de paz e tranquilidade, com muita natureza ao redor. Minha infância foi marcada por momentos ao ar livre, rodeada por animais e pela simplicidade da vida no campo. Uma das minhas lembranças favoritas era sair à noite com meu pai para caçar vagalumes. Depois, nos sentávamos à beira da piscina e ficávamos olhando as estrelas. Ele sempre me ensinava a valorizar as pequenas coisas da vida.

Ami pausou por um instante, e a sala ficou em silêncio, todos absorvendo suas palavras. Então, ela continuou:

— Desde criança, eu sempre amei os animais. Meu maior sonho era ser bióloga, e até comecei a faculdade. Mas a universidade era muito longe, e por questões de locomoção, fui obrigada a trancar o curso. — Ela fez uma pequena pausa, com um olhar de nostalgia. — Acabei me formando em administração de empresas. Apesar de não ser minha primeira escolha, foi uma jornada interessante e me deu muita experiência.

Suhy, a mãe de Hobi, sorriu compreensiva e disse:

— Ah, isso explica porque o Mickey te amou assim que te viu. Ele sentiu essa sua conexão com os animais!

Todos riram, e Hobi aproveitou para compartilhar:

— Eu me lembro da energia de São Paulo. Já fiz show lá, e as Armys eram incríveis! Sério, elas eram minha esperança naqueles momentos difíceis. A cidade tem uma vibração única... E agora, São Paulo me deu o maior presente de todos — ele olhou para Ami com um sorriso afetuoso. — Você.

Jiwoo, sempre a dramática, colocou a mão no peito e exclamou:

— Meu coração acelerou! Que coisa mais linda!

Todos riram de sua reação exagerada, e a conversa continuou fluindo. Eles queriam saber mais sobre o Brasil, sobre as paisagens, a cultura e as comidas típicas. Suhy, com seu bom humor característico, brincou:

— Hobi, quem diria que minha nora seria estrangeira!

Mais risadas preencheram a sala, e Hobi, sem tirar os olhos de Ami, respondeu com ternura:

— Nem eu, mãe. Nem eu.

Depois de mais um pouco de conversa e de algumas histórias compartilhadas, o jantar chegou ao fim. Hobi e Ami se despediram da família e seguiram de volta para casa. No carro, Hobi ligou o rádio e a música "I Wonder" começou a tocar. Ele aumentou o volume e, sem pensar duas vezes, ambos começaram a cantar juntos:

"And I wonder, wonder, wonder, wonder where we'll go (where we'll go)
'Cause I wanna, wanna, wanna, wanna keep you close (keep you close)
There's a hundred million maybes, but I gotta know (gotta know)
(Gotta know) we could keep it alive for life..."

O som da música e suas vozes enchiam o carro, enquanto eles se olhavam e sorriam um para o outro. Cada palavra parecia reforçar a conexão que crescia entre eles. Hobi sabia que ainda enfrentariam desafios, mas naquele momento, com Ami ao seu lado, sentiu que poderiam enfrentar qualquer coisa. E para eles, naquele instante, isso era tudo o que importava.

ENCONTROS DO DESTINO: O que é seu, te acha! (FINALIZADA)Onde histórias criam vida. Descubra agora