Eterna Amada Do Faraó - Imagine Jungkook [+16]

Cap I - Quem é Faraó Jungkook?

● S/n ON ●

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  A luz fraca das lâmpadas do laboratório arqueológico iluminava as paredes de pedra que nos cercavam, enquanto eu e minha equipe examinávamos mais uma vez o sarcófago à nossa frente. Estávamos no Vale dos Reis, a poucos quilômetros de Luxor, em uma escavação que havia revelado uma tumba esquecida, que permanecia escondida por milênios. O calor egípcio permeava o ar, intensificado pelo cheiro da poeira, criando uma atmosfera mágica e opressiva.

  Passei a mão pelos hieróglifos esculpidos na superfície do sarcófago. As inscrições contavam a história de um faraó e sua amada, que, mesmo após a morte, era reverenciada. O que me intrigava, porém, era o nome no centro da tampa: "A Eterna Amada do Faraó Jungkook".

— Você já viu algo assim antes, S/n? — perguntou Aron, meu colega de equipe, ajeitando os óculos enquanto observava as inscrições ao meu lado.

— Não. Esse nome... — respondi, ainda analisando as marcas entalhadas. — ‘Jungkook’ não faz sentido no contexto histórico. É estranho. Nunca ouvi falar de um faraó com esse nome, e passei anos estudando a cronologia egípcia. Algo aqui está fora do lugar.

— Talvez seja uma figura perdida na história — sugeriu Sarah, nossa especialista em inscrições antigas, que se aproximava, segurando um tablet com anotações.

— Ou algo mais... — completei, mordendo o lábio inferior, intrigada. Havia uma energia naquele sarcófago que não podia ser ignorada. A sensação de que ele escondia segredos ainda mais profundos.

  transferimos o sarcófago para uma pequena sala do acampamento, que havia sido improvisada para proteger os artefatos da escavação. Todos os equipamentos, notebooks, câmeras, e sensores de última geração estavam dispostos ao redor, mas o ar era impregnado pelo cheiro de poeira milenar e calor, intensificado pelas lâmpadas industriais que lançavam sombras inquietantes nas paredes. Tudo ao redor parecia nos lembrar do tempo implacável que guardava aquele lugar.

— Vamos fazer uma última inspeção antes de encerrarmos por hoje? — sugeriu Sarah, olhando de relance para os outros membros da equipe, que já começavam a fechar seus computadores e arrumar seus pertences.

— Eu vou ficar mais um pouco — respondi, sem tirar os olhos do sarcófago. Algo dentro de mim insistia para que eu continuasse ali, como se faltasse descobrir algo. — Quero verificar mais uma coisa.

  Aron me lançou um olhar desconfiado, mas não insistiu. Ele sabia como eu era quando algo me intrigava, e naquele momento, o enigma da "Eterna Amada do Faraó Jungkook" estava me consumindo.

  Quando todos saíram, fiquei sozinha por algumas horas, analisando, anotando e pesquisando. O silêncio no acampamento se intensificou, exceto pelo leve zumbido dos aparelhos ao redor. Com um suspiro, aproximei-me do sarcófago novamente e, com cautela, comecei a levantar sua tampa pela décima vez. O peso da pedra era considerável, mas eu já havia feito aquilo antes. No entanto, desta vez, algo parecia diferente. Quando a tampa se afastou completamente, uma cavidade perfeitamente esculpida no fundo chamou minha atenção. Algo brilhava ali dentro.

Meu coração acelerou.

— O que é isso...? — murmurei para mim mesma, estendendo a mão em direção ao brilho. Não parecia ser metal, nem joia. Era como se fosse... energia.

  Assim que meus dedos tocaram o fundo da cavidade, o mundo ao meu redor começou a girar, tudo ficou embaçado,  e me desesperei. O laboratório arqueológico desapareceu, e senti como se estivesse sendo sugada para dentro do sarcófago, para um vórtice. Meu corpo ficou leve, como se eu não tivesse mais controle sobre ele, uma dor de cabeça absurda me atingiu, e o zumbido das máquinas se transformou em um grito abafado, que logo desapareceu no silêncio absoluto.