Capítulo Quarenta e Dois

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UM BEIJOOOO

Pov: Juliano

Tem algo errado.

Marília marcou uma reunião sobre o caso do Terror e chamou tudo mundo, isso não faz sentido, o rato tá bem aqui nessa sala.

Isso a gente tem certeza, é alguém dentro dessa sala.

Henrique: Ela consegui alguma coisa? - Ele senta do meu lado me entregando um café.

Juliano: Não sei, ela não falou comigo antes de chamar todo mundo

Henrique me olha confuso, também não tô entendendo nada. Ontem ela me olhou feio porque eu falei um pouco mais alto, e hoje ela tá fazendo uma reunião com todos os suspeitos.

Henrique: É a Marília - Ele diz como se fosse algo muito óbvio

Juliano: E...?

Henrique: Ela não é impulsiva, se ela botou geral aqui deve ter um motivo. Né?

Juliano: Não sei, você viu como ela perdeu o controle com o Hugo?

Marília não era impulsiva, era difícil ela perder a razão e partir para a agressão, mas agora tu fala um "a" da Maraisa que a mulher fica virada no demônio.

Henrique: Com razão, né? O cara não tem o mínimo de empatia pela história da Maraisa.

Juliano: Você acha que é ele? Sei lá, o jeito que ele fala é muito errado mas a teoria está correta

Temos que concordar que se não fosse nosso apego emocional na garota, a história seria outra.

Henrique: De verdade, eu espero que seja um estranho, sei lá - Ele suspira - O Moreira, o Garcia, o Rodrigo... Quero que seja alguém que não vá abalar meu círculo de amigos.

Juliano: Eu também, só que como alguém que não faz parte do nosso círculo conseguiu o número dela e soube onde ela estava.

Henrique: Não faça perguntas que sabe que eu não sei a resposta.

Marília: Bom - Todos direcionam o olhar pra ela, Marília não é amada pela equipe mas é extremamente respeitada - Já sabemos como vamos prender o Terror e resgatar a senhorita Pereira.

"Senhorita Pereira" quem olha assim nem percebe que ela tá transformando aquela pobre criatura em uma ninfomaníaca.

Peraí, como assim já sabemos? Eu tô sabendo de nada não.

Huff: O que foi que eu perdi?

Tô tão confuso quanto qualquer outro oficial aqui dentro.

Juliano: Como assim?

Marília: Um funcionário do vulgo Terror entrou em contato comigo, ele vai nos passar a localização mas em troca da gente não pode fichar ele. É uma troca justa, trocar um peixe pequeno por um tubarão.

Que porra é essa?

Ela realmente tá contando o plano na frente dos nossos suspeitos? Que merda.

Cristiano: Como assim entrou em contato com você? E se for uma armadilha? Você mesmo disse que o Terror não vai parar até meter uma bala na sua testa.

Marília: Toda missão tem seu risco - Ela dá de ombros - Essa não vai ser diferente.

Cristiano: Não vou ligar pra sua mãe pra chamar ela pro velório. Já vou deixar claro que essa função fica com seus amigos.

Alicia: Devo começar a fazer os papéis para mandar pro juiz? Sobre a ficha do sujeito?

Marília: Sim

Henrique: Hmm, e quanto ao delator?

Marília: Logo a gente vai saber quem é. E isso é um problema para o nosso rato, a prisão não aceita muito bem policiais presos, acho que isso não é segredo para ninguém.

Que merda essa mulher tá fazendo? Agora o rato sabe de tudo, não acredito que ela tá fazendo uma merda dessas.

Cristiano: Posso confiar em você? Como eu já disse, não quero minha equipe se metendo em merda.

Marília: Eu já disse pra você, Cristiano - Ela encara o Cristiano - Não tem ninguém mais empenhada em prender aquele homem do que eu.

🍂

Henrique: Que porra foi aquela? Tipo, do nada.

Juliano: Sei lá Henrique.

Henrique: Isso vai chegar nos ouvidos do Terror e ele vai mudar de lugar, e lá se vai nossa chance de ajudar a Maraisa - Ele diz puto - Que porra.

Juliano: Não acho que ela faria algo pra prejudicar ela, vamo esperar ela sair da sala do Cristiano e ver no que dá.

Henrique: Qualquer coisa você bate nela, pelo menos um soco.

Juliano: Por que eu?

Henrique: Por que eu não entraria em uma luta corporal com a Marilia, nem fudendo.

Não dá cara, na minha cabeça não tem como esse idiota ser um infiltrado na polícia.

Henrique: Eu não gosto desse cachorro - Ele encara o Pantera no sofá da sala da Marília - Mas admito que tô com pena dele.

Juliano: O cachorro ficou muito dependente da Maraisa - Olho pelo vidro - Falando em cachorro, lá vem a vira lata da Maraisa.

Marília entra na sala e vai logo na direção do cachorro, e põe o colete que ele usa nas operações.

Henrique: Vai parar outra carga?

Marília: Vou buscar a Maraisa

Juliano: Como assim? Tá maluco?

Marília: Vocês tem cinco minutos para se aprontar ou ficam para trás.

Juliano: Eu preciso de uma explicação, não dá pra ficar no escuro

Marília: Explico no caminho.

Além do Tráfico - MalilaOnde histórias criam vida. Descubra agora