Lance poderia viver um clichê.
Claro, isso se a garota que ele gosta gostasse dele de volta, se o melhor amigo dele ainda morasse na casa ao lado e se seus pais continuassem casados. Mas se havia um pouco de clichê em sua vida, ele devia aos bilhet...
Quem diria que depois de *checa as notas* QUATROS ANOS, eu ia aparecer e terminar a fic né? Quem diria mesmo, porque eu certamente não. Sendo sincera, eu brinquei lá no bluesky que se o twitter voltasse, eu ia terminar a fic, porque casualmente encontrei um leitor lá. E promessa feita é promessa cumprida.
Essa, em todos os anos que eu escrevo, é a primeira fanfic que eu vou terminar, a primeira história que eu vou terminar e isso me deixou orgulhosa. Então eu quis tirar um tempo para agradecer e dar uma mini atualizada sobre o que aconteceu nesse meio tempo.
Eu agora tenho 22 anos, sou uma farmacêutica quase formada. Eu sou um pouco mais triste que isso e agora tomo 3 remédios controlados. Descobri que tenho ansiedade e depressão e talvez TDAH, meu nome tá no serasa e eu fico mais pobre cada dia que passa. Mas ao mesmo tempo, eu fiz uma nova irmã e novos amigos, eu me mudei de casa, adotei uma gata, eu comecei a namorar o amor da minha vida que era pra quem maioria dos capítulos eram dedicados. Eu ganhei pessoas, perdi pessoas, fiz transição capilar e tenho cachinhos, pintei o cabelo 3 vezes no ano passado, fiz uma tatuagem e um piercing.
Eu piorei e melhorei e tô levando um dia de cada vez.
Eu só queria agradecer a todo mundo que tirou um tempo pra ler a fic, deixar comentários e me fazer rir. Sei que muita gente comentou no capítulo 14 como se fosse o último, então eu trago pra vocês essa surpresa (que eu espero que seja boa). Eu não sou a mesma pessoa que era em 2020, minha escrita e as minhas ideias também não, tudo vai estar um pouco diferente, mas eu me esforcei pra deixar a fic do jeitinho que eu queria que fosse. Revirei os meus arquivos, reli coisas, e eu sei que a Gi (ops, nome vazado) de 18 anos ficaria bem satisfeita com ela mesma.
Essa é pra todo mundo que acompanhou e nunca desisitiu de mim, não sei se esse capítulo vai alcançar todas as pessoas que eu queria, mas eu agradeço de coração por cada um. Caso queiram me encontrar no twitter, podem me procurar por @eeugifics, vou ficar felizes em ter vocês lá. Quase não falo mais de voltron, mas definitivamente ainda é uma parte de mim.
Obrigada por lerem toda essa enrolação, e de todo o coração, um muito obrigada. E pela última vez, pelo menos aqui, aproveitem o capítulo <3
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Lance tinha se acostumado às coisas estarem bem.
Era algo idiota que vinha estando na mente dele a alguns dias e até semanas, talvez até mesmo a alguns bons meses se ele fosse parar para pensar — e honestamente, aquilo era algo que ele vinha fazendo a muito tempo, de uma maneira positiva, ele gostava de pontuar.
Os dias haviam ficado um pouco vazios depois da apresentação da peça, o clube de teatro se esvaziou e a maioria do time de futebol desapareceu de lá, como se evaporassem no ar junto com suas notas negativas — agora, todas positivas — em matemática. E por mais que Lance odiasse admitir, ele sentia falta. Tirando uma ou duas piadas idiotas que escapavam e de como tudo entre eles gritava testosterona e hormônios e um pouco de suor que ficou depois de um banho corrido pós treino, ele sentia falta. Um pouco das risadas, um pouco dos gritos, um pouco da correria e de rir com Allura por trás da coxia quando eles faziam um coro desafinado.
