Capítulo 10 - Mãos entrelaçadas a caminho de casa

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— Mas que merda!

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— Mas que merda!

Lance e Romelle riram quando Pidge cruzou os braços em frente ao mural com vários bilhetes escritos. Ele sabia bem o que a amiga estava pensando — em sua maioria palavrões que eram pesados demais para serem ditos — mas além disso, pensando que aquilo tudo era uma enorme injustiça.

O dia dos namorados na Garrison — por algum motivo que até aquele momento ninguém havia descoberto ainda qual era — era um evento relativamente importante e esperado. O vermelho e rosa dominavam os corredores, tinham mais corações de cartolina espalhados por aí do que comida no chão do refeitório pós uma guerra de comida, e é claro, as músicas mais românticas que Lance conhecia eram tocadas nos auto falantes pelos corredores — Lance até gostava, mas se ouvisse Ed Sheeran mais uma vez ele sairia correndo junto com Pidge.

E era particularmente interessante ver como duas pessoas poderiam ver as coisas, Romelle dizia que aquilo era um jeito fofo de mostrar que os casais estavam animados, Pidge dizia que era só uma grande dança do acasalamento.

Mas no final de tudo, um dos "grandes eventos" daquele dia era a leitura os bilhetes do dia dos namorados no Taste Sassy, o que já era praticamente um quadro anual e esperado, bilhetes românticos eram sempre assinados, rendendo encontros ou corações partidos, mas desde o último ano — um em que fatidicamente um coração foi partido porque nenhum dos três pensou que seria ruim ler uma confissão de traição, que acabou resultando em uma briga e uma advertência severa para eles com o quase banimento do programa — era meio que de se esperar que o diretor daria um jeito de não permitir que eles lessem os bilhetes em público — mas para Lance, deixá-los expostos onde qualquer um podia ler e escrever também não era a ideia mais inteligente de todas.

Lance se aproximou de Pidge, usando a vantagem dos seus bons centímetros mais altos para apoiar os braços no ombro da amiga, que cruzava os próprios braços e apertava um biquinho.

— A gente já sabia que isso ia rolar, Pid. — Ele disse, Pidge apenas revirou os olhos.

— É, mas ele praticamente trocou seis por meia dúzia! Dou dez minutos 'pra aparecer alguém e escrever que outro alguém foi corno e depois rolar mais uma briga.

— Shh... — Lance sussurrou cobrindo a boca dela. — Chega de previsões de brigas, a que rolou na casa do Mitch já foi o bastante.

— Ah, aquela festa que depois você levou o Keith 'pra casa nas costas? — Romelle falou.

Foi a vez de Pidge rir e de Lance encolher os ombros, ele não conseguia esconder das amigas por muito tempo as coisas que descobria, especialmente as que ele descobria sobre si mesmo, então alguns poucos dias depois, Pidge e Romelle já sabiam da sua "quase certeira, óbvia e praticamente inegável atração por Keith Kogane" — como Pidge havia dito, é claro.

Lance preferia ir pela lógica de Romelle e apenas dizer que ele estava caidinho pelo amigo — embora Lance ainda achasse "caidinho" uma palavra muito forte, Romelle apenas ergueu as sobrancelhas para ele, os dois sabiam que ele já não tinha mais local de fala para negar aquilo.

Com Amor, LanceOnde histórias criam vida. Descubra agora