Herói de nada

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N/A: Olá...Eh... alguém lembra dessa história?Não vou me estender, sumi mesmo, mas perdi o emprego e vou investir na carreira de fanficqueiraTW: abuso sexual passado (não explícito), se não se sente bem lendo, pule a conversa de Elara e Seneca Crane Boa leitura!


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Marissa Finch teve que tapar a boca para não rir quando seu corpo se chocou contra uma árvore, seus pulmões queimando enquanto ela tentava recuperar o fôlego. Ela tinha conseguido, seu desespero por comida tinha finalmente acabado, pois agora em suas mãos estava um generoso pacote de maçãs e pão. Sem se importar que pudesse atrair atenção indesejada, ela abriu o saco de pão e tirou um pedaço generoso de dentro, sentindo que nunca havia comido algo tão bom em toda sua vida.

Até que uma explosão atraiu sua atenção, lembrando-a que ainda estava na arena. A explosão seguiu-se por outra, e um forte cheiro de fumaça inundou suas narinas e irritou sua garganta. Rapidamente, socou as comidas na mochila e se levantou, seus músculos protestando pelo cansaço recente. Ainda escondida atrás das árvores, ela conseguiu avistar Katniss do outro lado, e sua vontade de rir redobrando ao perceber que fora a morena quem causou a explosão.

A comida dos carreiristas se foi. Eles finalmente tinham uma fraqueza, ricos demais para conhecer a dor da fome e provavelmente não tão bem treinados na caça para sobreviver na arena.

Não sou mais uma raposinha assustada, Finch pensou enquanto seguia seu caminho floresta adentro, eu vou vencer por nós, garotinho do distrito quatro.

Com a fome saciada, ela pode voltar a prestar atenção em seus ferimentos, o corte em sua mão que antes era apenas uma linha vermelha, agora estava mais aberta e coberta por um pus amarelado, e ela sabia que se não tratasse logo, perderia a mão, ou pior, a vida. Ela poderia viver com apenas uma mão, pois considerando que sairia dali vitoriosa, não iria mais precisar roubar as coisas e poderia dar dinheiro para sua madrinha contratar mais uma ajudante.

Enquanto caminhava, a menina com cara de raposa se permitiu sonhar com sua casa nova. Seria vizinha de Oliver ou Elara? Teria que aturar os dois discutindo todas as manhãs igual dois idosos, ou eles ignoram um ao outro até os próximos jogos? Isso não importava, contanto que sua casa nova tivesse um chuveiro tão legal quanto aquele da Capital, com água quente à vontade e sabonetes cheirosos.

Ela também teria dinheiro suficiente para vestidos novos, e isso trouxe borboletas ao seu estômago. Imaginava-se dançando a luz de velas na sala, com sua saia rodada e um copo de refrigerante nas mãos. Ah, e também poderia conseguir doces para a irmãzinha, e finalmente se veria livre do pai.

Estava tão distraída com seus sonhos doces que nem notou quando uma mão enorme envolveu sua garganta.

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O salão estava repleto de homens que tinham mais dinheiro em seu bolso do que qualquer cidadão dos distritos teria em toda a vida. Eles riam alegremente, enquanto comiam e bebiam vinho caro, alguns deles lançando olhares maliciosos para a mulher que entrava no salão, vestindo uma calça bege e uma camiseta social preta, os cabelos loiros destacando-a entre os demais.

— Olha só, quem temos aqui — um dos homens comentou, se aproximando dela e beijando sua bochecha, gesto que lhe deu nojo — a quanto tempo que não te vejo, Elara.

— Estive bastante ocupada nos últimos tempos — a loira respondeu, indiferente, mexendo no cabelo despreocupadamente.

— Ocupada treinando crianças para morrer? — o homem debochou, enquanto passava o polegar por cima dos lábios dela, como se ela fosse apenas um objeto. É para isso que estou aqui? Para condenar a pequena Marissa a sobreviver e ser usada por esses homens? — Está óbvio que veio atrás de algo para seus tributos. Me diga, o que seria?

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⏰ Última atualização: Oct 17 ⏰

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