Özveri (Devoção)

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Quando Eren acordou uma sensação de bem estar o invadiu ao perceber que ele estava limpo e confortável sobre inúmeros travesseiros. Adormecido ao seu lado, estava Levi, respirando tranquilamente e com rosto quase infantil iluminado pelo luar prateado que entrava através do enorme vidro que compunha a parede do quarto.

O ômega ainda sentia seu corpo aquecido e dolorido devido ao acasalamento intenso que de algumas horas atrás. Entretanto, mesmo com a dor, o sentimento era de que tudo valeu a pena. Ele jamais se sentiu tão satisfeito nos braços de um alfa como se sentiu naquela noite.

Tudo parecia perfeito. A caçada, o olhar, os toques e a sintonia com que se uniram e se tornaram um só. Nada poderia se comparar com aquilo. É relembrar como foi prazeroso se unir ao alfa o fez recordar que ainda estava no primeiro dia de seu cio.

De repente a ansiedade de ser tomado começou a aumentar. Seu corpo chamava pelo alfa adormecido, precisava dele. Eren sabia que não ficaria tão consciente por muito tempo. Por isso se virou e pegou a garrafa de água ao lado de seu ninho, uma providência de Levi.

"Nosso alfa é tão atencioso", seu lobo interior satisfeito e orgulhoso, parecendo mais animado e feliz que o normal.

Após se saciar com a água fresca ele tentou não focar no calor que começava a lhe invadir novamente. O alfa parecia tão tranquilo enquanto dormia que o ômega achou que seria injusto o acordar apenas para saciar seus desejos. Por isso ele se concentrou em algum ponto no teto, tentando em vão não pensar em nada além da tinta branca que o cobria.

Foi em vão.

Não demorou para que os olhos bicolores de Eren desviassem do teto e mais uma vez pousassem sobre o belo corpo adormecido ao seu lado.

Com o passar dos minutos, seu olhar teria se acostumado com a escuridão e moreno pode ver como os ombros de Levi estavam cheios de marcas de unhas. No pescoço, antes alvo, agora era possível ver chupões e a marca dos dentes afiados do ômega.

Não havia dúvidas de que Eren havia castigado aquela pele de alabastro, desfrutando ferozmente do sabor e da maciez que ela possuía.

Observar o alfa quase indefeso, adormecido e coberto por suas marcas, fez o ômega corar levemente, mas qualquer sinal de constrangimento evaporou quando uma onda ainda maior de desejo o invadiu. Não havia mais como se conter.

Seu calor havia tornado impossível esperar mais...

E quando seu corpo começou a se aquecer novamente , Jaeger não hesitou em beijar os lábios do alfa adormecido, que mesmo levemente surpreso e sonolento, retribuiu a altura.

Ackerman beijo apaixonadamente o moreno, satisfeito pela surpresa de ser acordado pelo jovem príncipe necessitado. Eren precisava dele e isso fazia o alfa rosnar satisfeito. Seu ômega havia apreciado a primeira união e desejava mais, muito mais e apenas ele poderia lhe dar alívio.

Sem interromper o beijo faminto e sem dizer sequer uma palavra o ômega se aninhou entre as pernas grossas e firmes, retirando o lençol que cobria o alfa anteriormente.

– Eu preciso de você. – gemeu o ômega deslizando as mãos pelo peito forte de Levi e o observando como uma fera prestes a devorar sua presa.

– Eu sei, seu cheiro me acordou e acredite, eu também preciso de você. – respondeu ofegante observando o ômega começar e distribuir beijos por seu peitoral.

Ao observar os mamilos rosados de Levi, o príncipe sentiu um enorme desejo de prová-los, eles pareciam tão deliciosos e rígidos. Temendo tocar em algo que poderia desagradar o alfa ele ergueu seus olhos para o outro.

Um Sonho Chamado LiberdadeOnde histórias criam vida. Descubra agora