𝐔𝗇𝗇𝖺𝗍𝗎𝗋𝖺𝗅 • 𝐌𝗂𝗇𝐒𝗎𝗇𝗀

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No final do mês, Jisung estava perdendo o juízo. Ser casado com um alfa era um desafio de maneiras que ele não esperava. O cheiro de um alfa estranho em sua casa, no seu território, era agravante, não importava o quanto ele gostasse de Minho. Aonde quer que ele fosse, todos os cômodos pareciam cheirar ao cheiro do outro alfa, o que o deixava embaraçosamente irritado e rosnando. Era mortificante pra caralho.

Minho parecia simpático à sua situação, mas não tinha o mesmo problema. Provavelmente era mais fácil para ele porque não considerava aquele território como seu. Para ele, ele estava apenas compartilhando um telhado com outro alfa, nada mais.

— Tudo bem, chega. — Disse Minho certa manhã. Jisung ergueu o olhar do documento que estava estudando em seu tablet - ou melhor, fingindo estar estudando, tentando se distrair do fato de que a pequena sala de jantar fedia a outro alfa.

Minho deu um gole em sua bebida antes de pousar a xícara.

— Não podemos continuar assim. — Disse ele. —Se o fizermos, você vai estourar. Levante-se.

Jisung estreitou os olhos. Ele não gostava de receber ordens. Quem ele pensava que era, ordenando-o em sua própria casa...

Ele cortou essa linha de pensamento. Aquele não era ele. Ele não era esse homem das cavernas territorial.

Jisung se levantou e respirou fundo, tentando relaxar os músculos tensos. Realmente não podia continuar assim. Outras pessoas no Senado estavam começando a notar sua atitude áspera. Em pouco tempo, haveria rumores de que havia algo errado com seu casamento, que era a última coisa que eles precisavam para manter essa paz instável.

— Venha aqui. — Disse Minho baixinho, como se soubesse o quão perto de estourar ele estava.

O Senador avançou e parou perto da cadeira de Minho.

Olhando-o nos olhos, Minho engoliu em seco e inclinou a cabeça para o lado. Descobrindo seu pescoço. Jisung ficou tenso. Minho não lhe ofereceu a garganta novamente desde a primeira noite. A outra vez foi instintiva, em resposta à raiva do Han. Isso era deliberado. Minho estava fazendo isso porque queria ajudá-lo. Ele deve ter se forçado, lutando contra seus próprios instintos pelo bem de Jisung. Foi incrivelmente generoso.

E era exatamente o que Jisung precisava para aplacar o alfa irritado dentro dele.

Jisung se inclinou e empurrou o rosto contra a garganta nua de Minho, esfregando o nariz contra a glândula de cheiro, os feromônios bombeando como um louco, até que tudo o que ele podia sentir o cheiro na pele de Minho era
ele, Han Jisung.

Ele sentiu Minho ficar tenso no início, antes de relaxar lentamente. Dedos subiram para enfiar no cabelo do Han.

— Melhor? — Minho murmurou quando Jisung finalmente relaxou, apenas marcando o cheiro dele preguiçosamente.

— Sim. — Jisung grunhiu rispidamente, envergonhado por precisar daquilo. Milhões de anos de evolução e, ainda assim, ele era um pouco melhor do que o animal do qual descendia.

Ele ergueu a cabeça e se endireitou. Ele se sentiu mais calmo do que há semanas.

— Obrigado.

Minho assentiu com um pequeno sorriso torto.

— A qualquer momento que precisar. Sério, a qualquer hora. Não podemos te deixar explodir e fazer as pessoas falarem. Fofoqueiros procuram por um motivo qualquer para deixar as coisas fora de proporção.

Jisung fez uma careta. Era verdade, infelizmente. Já havia pessoas questionando seu casamento porque não faziam aparições públicas com frequência.