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— O quê? — Minho disse, olhando de volta para o Han, que pegou o telefone e começou a falar com alguém.

— Pelo amor de Deus. — Jeongin disse. — Você pode sobreviver cinco minutos sem ele. Olhos em mim, Minho.

Com o rosto quente, Minho fez uma careta para ele e cruzou os braços sobre o peito. Ele se sentiu terrivelmente constrangido de repente. Ele estava realmente sendo pegajoso?

— E então? — Ele disse, sua voz mais cortante do que normalmente era. — O que é tão urgente?

Jeongin deu a ele um olhar plano, seu olhar impressionado.

— Consegue adivinhar? Você acabou de descobrir sua garganta para outro alfa. Um alfa Kadarian, e na frente de todo o planeta. Você acha que seu pai não viu?

O estômago de Minho embrulhou.

— Ele já falou com você?

Uma careta cruzou o rosto do Duque.

— Falou? Gritou. Da próxima vez que você decidir fazer algo estúpido durante uma conferência de imprensa ao vivo, pelo menos tenha a decência de me avisar para que eu possa desligar meu telefone também.

— Porra. Sinto muito, Jeong.

O Yang deu um suspiro e tirou um cigarro do bolso.

— Está tudo bem. — Disse rispidamente, acendendo-o e dando uma longa tragada. — Olha, eu não sei o que você estava pensando, mas... — Ele encontrou os olhos de Minho. —Você realmente pensou sobre isso? Seu pai está começando a se perguntar onde está sua lealdade.

Minho franziu a testa.

— Estou fazendo minha parte para manter a paz entre nossos países. Não é a prova definitiva da minha lealdade?

Rindo, Jeongin disse:

— Claro. Mas para quem?

Minho ficou sem palavras por um momento, apenas piscando confuso. O seu pai realmente pensava - até Jeongin pensava - que sua lealdade não era mais para Pelugia? Que porra é essa?

— Você está falando sério? — Minho rebateu, começando a ficar com raiva. — Servi ao meu país durante toda a minha vida adulta. Eu sangrei por isso, e isso não é uma metáfora, nos últimos 14 anos, mas agora minha lealdade está em questão? Por causa de uma entrevista coletiva?

Jeongin o estudou cuidadosamente.

— Se você visse... a maneira como você olha para ele, saberia por que seu pai está ficando desconfiado e ansioso.

Minho não sabia o que dizer sobre isso.

— Eu não faço ideia do que você está falando.

Suspirando, o Yang apagou o cigarro com o sapato.

— Você quer um conselho honesto?

Quando Minho assentiu, Jeongin disse:

— Faça uma escolha. Você não pode sentar em duas cadeiras ao mesmo tempo. Apesar da paz entre nossos países, Pelugia e Kadar nunca serão amigos. Portanto, sua posição neutra não é sustentável.

— Por que não?

Jeongin soltou uma pequena risada.

— Sério? Como você vai governar Pelugia de Kadar? Porque seu marido não vai se mudar para Pelugia. Eu já os ouvi kadarianos dizerem que ele é o candidato mais provável a vencer as eleições do ano que vem. Ou você está disposto a voltar para Pelugia e vê-lo algumas vezes por ano?

Minho olhou para ele e não sabia o que dizer. Então ele mudou seu olhar para o marido. Ele olhou para seu perfil forte e bonito enquanto Jisung falava ao telefone. Se imaginou voltando para Pelugia e desistindo dessa estranha e fácil intimidade entre eles - e isso fez seu estômago doer.

Droga.

— Você não está. — Jeongin declarou quando o silêncio se estendeu. — Por que diabos você está apenas prolongando o inevitável? Diga a Donghae que você abdica. É isso, problema resolvido.

Abdicar. A palavra fez as entranhas de Minho se torcerem em um nó duro e desconfortável. Tinha sido o herdeiro do trono desde que nasceu. Ele não tinha ideia de como ser outra coisa.

— Não é tão simples. — Disse Minho. — Eu não posso... simplesmente fazer isso. Eu amo meu país.

Uma estranha emoção passou pelo rosto do Duque. Aborrecimento? Tristeza? Mas sumiu tão rápido que Minho não tinha certeza se não tinha imaginado.

— Tudo bem. — Jeongin disse. — Sua escolha, seu erro. — E ele se afastou antes que Minho pudesse decidir como responder a isso.

Ele ficou olhando para o Yang recuando em confusão e frustração. Ele tinha um mau pressentimento e não sabia ao certo por quê.

— Tá tudo bem? — Jisung disse, aproximando-se dele.

Minho se virou e sorriu levemente para ele, o mal-estar desaparecendo.

— Não. Só Jeongin sendo Jeongin.

— Pensei que você gostasse dele.

— Eu o amo, o que nem sempre é o mesmo que gostar dele. — Disse Minho com um suspiro. Seu primo podia ser frustrantemente mercurial às vezes.

— Problemas? — Jisung.

O Lee encolheu os ombros.

— Talvez. Não sei ainda. — Ele fez uma careta, olhando para o telefone. — Eu provavelmente preciso ligar para meu pai e deixá-lo gritar comigo.

O Han apenas olhou para ele por um momento antes de dizer:

— Não.

Erguendo as sobrancelhas, Minho riu um pouco.

— Não?

— Não deixe ele te derrubar. — Jisung disse, colocando a mão em seu ombro e guiando-o em direção à casa. — Você não fez nada de errado! E o nosso casamento não é da conta dele.

O coração de Minho deu um salto com as palavras nosso casamento.

— Provavelmente ainda preciso ligar para ele. — Disse ele, passando a mão pelo rosto ao entrarem na casa. — Se não o fizer, ele provavelmente enviará tio Yewang para me incomodar. — Minho estremeceu com o pensamento. — Aquele velho idiota é pior que meu pai. Não ajuda que ele me conhece desde que eu usava fraldas, então ele não me respeita realmente.

A julgar pela expressão no rosto do Han, ele já teve o prazer duvidoso de falar com o novo embaixador Pelugian e sabia exatamente o que ele queria dizer.

— Você pode ligar para ele mais tarde. — Disse Jisung. — Só voltarei ao trabalho amanhã, então tenho o resto do dia livre. Vamos deixar nossos telefones em casa e ir para a praia.

Minho deu uma risadinha.

— Praia? Sério?

O Han sorriu amplamente, seu sorriso o fazendo parecer dez anos mais jovem.

— Por que não?

— ˗ˋ ୨ ♡ ୧ ˊ˗ —

Minho gostaria de dizer que conseguiu um bom bronzeado, mas considerando que ele passava a maior parte do tempo com o rosto de Jisung enterrado em sua garganta e o corpo dele meio em cima dele, o bronzeado resultante não foi exatamente perfeito.

Ainda era a melhor tarde que ele tivera em muito, muito tempo.

Eles voltaram para casa ainda corados pelo sol, rindo juntos, o braço do Han em torno de seus ombros.

Minho se sentiu... ele se sentiu feliz. E quente por dentro. Muito quente.

O ponto mais baixo do dia era quando eles tinham que se separar à noite. Para seu desconforto e mortificação, Minho descobriu que se sentia pegajoso - literalmente. Ele estava relutante em se afastar de seu marido e quase choramingou quando Jisung finalmente se afastou depois de lhe desejar boa noite.

Minho entrou em seu quarto e apenas olhou para sua cama em silêncio, um estranho calafrio percorreu seu corpo. De repente, ele se sentiu muito frio e sozinho.

Ele se perguntou se era assim que os drogados se sentiam descendo de uma crise.

𝐔𝗇𝗇𝖺𝗍𝗎𝗋𝖺𝗅  •  𝐌𝗂𝗇𝐒𝗎𝗇𝗀Onde histórias criam vida. Descubra agora