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O telefone de Minho estava desligado, mas, infelizmente, seu pai ainda podia enviar e-mails para ele, e ele era aparentemente masoquista o suficiente para lê-los. Claro, seu pai também não considerava escrever e-mails de baixo nível, então todas as suas mensagens eram curtas e diretas.

"Nunca tive tanta vergonha de ter um filho. Ligue seu telefone, Minho."

"Não me obrigue a ir a Kadar e arrastar você para casa como um pirralho insolente."

E o favorito absoluto de Minho:

"Seu irmão deve estar rolando em seu túmulo. Estou feliz que ele não esteja vivo para ver este dia. Ele nunca teria deixado um Kadarian fazê-lo de cadela."

Minho ainda tremia de raiva ao jogar o tablet no sofá. Cerrando a mão em punho, ele caminhou em direção à porta da frente. Precisava de um pouco de ar fresco para clarear a cabeça e se acalmar.

Foda-se o pai dele. Foda-se ele.

Mas ele não está errado, está? Uma voz maliciosa disse no fundo de sua mente. Você se comporta um pouco melhor do que uma vadia quando está perto de Jisung.

Não, não é verdade!

Você não ficou de joelhos e chupou o pau dele na porra de um armário? Enquanto seu cunhado estava do lado de fora? Você se engasgou nele. No pau de outro alfa.

Com o rosto em chamas, Minho saiu furioso de casa.

Seu pai tem toda razão. É por isso que você está com muita raiva. Você está ignorando seu pai porque tem medo de falar com ele e enfrentar o que você se tornou. Essa é a verdade, não importa o quanto você tente balançar.

— Cale a boca. — Murmurou Minho.

— Falando sozinho agora?

O Lee fez uma careta e caminhou mais rápido.

— Não estou com vontade, Jeongin.

— Eu posso ver isso. — O Duque disse, caminhando ao lado dele.

Minho ficou irritado com a facilidade com a qual ele o acompanhava. Podia estar em sua melhor forma física, mas os alfas Xeus tinham vantagens com as quais nasceram que tornavam impossível Minho dar um perdido nele, a menos que Jeongin desistisse por ele mesmo.

— Há um incêndio em algum lugar? — O Yang disse, sua voz cheia de diversão.

O Lee suspirou.

— O que você quer?

— Acabei de lhe trazer uma oferta de paz. —Disse seu primo. — Então você finalmente pararia de ficar de mau humor com o que eu disse.

— Não estou de mau humor.

— Claro. Aqui.

Quando Minho finalmente olhou para ele, encontrou uma garrafa de seu uísque favorito nas mãos do Yang. Seu primo sorriu maliciosamente.

— Trégua? Você tem ideia de como foi difícil encontrar o seu veneno favorito neste país?

Bufando, Minho aceitou a garrafa. Ele o abriu e o levou aos lábios, tomando um longo e guloso gole. Não bebia com frequência, mas meio que precisava agora. Um pouco da tensão esvaiu-se de seus ombros quando o álcool atingiu seu sistema.

— Obrigado. — Ele disse.

O Yang encolheu os ombros, abrindo sua própria garrafa e tomando um gole.

— Vou voltar para casa. Achei melhor não ir enquanto você está guardando rancor.

— Eu não estava guardando rancor. E não precisa ir embora. Achei que você estava evitando a ira de Lorde Archvaius?

𝐔𝗇𝗇𝖺𝗍𝗎𝗋𝖺𝗅  •  𝐌𝗂𝗇𝐒𝗎𝗇𝗀Onde histórias criam vida. Descubra agora