𝟤𝟥. 𝐄𝗉𝗂𝗅𝗈𝗀𝗈

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Seis Meses Depois

Jisung desviou o olhar do computador e recostou-se na cadeira com um suspiro. O novo projeto de lei tributário proposto ao Senado não conseguiu prender sua atenção por muito tempo.

Ele olhou para o relógio na parede e tamborilou os dedos sobre o braço da cadeira, sua pele arrepiando de agitação.

Minho já deveria ter voltado.

Não havia motivo para preocupação. Minho sabia cuidar de si mesmo. Ele tinha sido um general de guerra por mais de uma década; ele poderia lidar com rastrear um alfa feroz. Além disso, não estava sozinho. Ele tinha pessoas com ele. Não havia razão para se preocupar.

Jisung sorriu para si mesmo. Quem ele estava tentando enganar? Não importava o que dissesse a si mesmo, isso nunca conseguira reprimir sua ansiedade até que ele tivesse Minho de volta em seus braços. Cada vez que o Lee saía em busca de seu primo, seguindo novas pistas, Han não conseguia se concentrar no seu trabalho até que seu companheiro estivesse de volta. Toda vez.

Não era normal, mas Jisung fez as pazes com isso. O relacionamento deles não era exatamente normal, ponto final. Embora eles estivessem acasalados em todos os sentidos da palavra, este desejo de reafirmar seu acasalamento era muito forte para um casal normal. A essa altura, Jisung estava acostumado a se sentir agitado se não visse Minho nem por um dia.

Certo, era irritante que sua equipe o tratasse como uma bomba-relógio toda vez que Minho estava fora para cumprir suas obrigações de lorde chanceler ou em busca de Jeongin. Teria sido constrangedor se ele e Minho não estivessem tão acostumados a ficar de olho no relacionamento desde o início.

Considerando que eles sempre estiveram sob os holofotes como o primeiro-ministro Kadarian e o Lorde Chanceler do planeta, era difícil manter o seu relacionamento privado, então nem tentaram. Todos no planeta sabiam que o casamento deles era feliz. Todos sabiam que Jisung amava seu marido; ele não tinha vergonha de mostrar isso. Seus gerentes de relações públicas não pareciam infelizes com eles, então Jisung descaradamente usou isso para beijar o marido quando e onde quisesse. Era um dos raros casos de boa cobertura da mídia coincidindo com algo que ele realmente queria fazer.
 
Embora a imprensa não pensasse favoravelmente dele se soubesse o quanto ficava distraído de seu trabalho pela ausência de Minho.

O moreno olhou para o relógio novamente e fez uma careta. Era quase meio dia. Minho havia prometido que voltaria esta manhã.

Ele olhou para o telefone e se obrigou a não tocá-lo. Ele não queria ser muito controlador. Minho foi um alfa único e independente por décadas. Ele não se divertiria se Jisung começasse a sufocar sua liberdade e exigir saber onde estava o tempo todo.

Seu interfone soou.

Seu marido quer vê-lo, Excelência. — Disse a voz de sua secretária.

— Deixe-o entrar. — Jisung disse, seu batimento cardíaco acelerando e todos os seus sentidos se aguçando.

Parte dele estava incrédulo. Eles se acasalavam há meses; tal ânsia e obsessão eram ridículas e inadequadas. Ele estava trabalhando.

Mas já haviam se passado oito dias. Oito dias e quatro horas desde que Minho o beijara em despedida antes de partir em sua busca sem fim para encontrar seu primo.

A essa altura, Jisung pensava que Jeongin devia estar morto, morto por algum idiota no gatilho, ansioso para "abater um animal". Jisung não tinha compartilhado esse pensamento com seu marido, mas Minho também não era estúpido. A cada busca infrutífera e pista falsa, a esperança nos olhos de Minho parecia enfraquecer.

Jisung estava se preparando para o inevitável: o dia em que Minho encontraria o corpo ou desistiria de vez. Ele não tinha certeza de qual opção seria pior. Um encerramento adequado provavelmente seria bom para o Lee, mas, droga, Jisung não queria que seu marido ficasse chateado.

Ele franziu a testa, preparando palavras de encorajamento e apoio - qualquer coisa para fazer Minho se sentir melhor - quando a porta se abriu e o Lee entrou com um sorriso largo e brilhante no rosto.

— Eu o encontrei, Hannie!

Por um momento, as palavras nem foram registradas: Jisung estava muito ocupado olhando avidamente para o lindo sorriso de Minho. Quando o fizeram, o moreno endireitou o corpo.

— O quê?

Radiante para ele, Minho montou em seu colo e beijou-o com força.

— Eu o encontrei. — Ele disse entre beijos, sua mão agarrando a gravata de Jisung. — Eu senti sua falta.

— Senti sua falta também. — Disse Jisung, mordendo o lábio inferior do loiro e puxando-o contra o peito.

Porra, ele não podia segurá-lo com força suficiente, seu pau já estava duro e ansioso. Ele sentia sede, fome, fome do seu marido. Ele beijou Minho com força, esfregando seu pau contra sua bunda, e trilhou beijos molhados no pescoço musculoso do Lee antes de agarrar sua glândula de cheiro.

Minho riu sem fôlego.

— Você não quer saber onde eu o encontrei?

— A vida dele está em perigo?

— Bem, não.

— Então, isso pode esperar. — Jisung começou a desabotoar a camisa de Minho, salpicando seu pescoço de beijos. — Faz muito tempo desde que eu coloquei meu pau em você.

— Encantador. — Minho disse com uma risada, embora estivesse igualmente duro contra o estômago de Jisung. — Amor, estamos no prédio do Senado. Temos que trabalhar aqui.

Jisung se forçou a parar, embora seu corpo gritasse em protesto. Beliscando a ponte do nariz, ele respirou fundo.

— Você tem razão, Sinto muito, foi irresponsável da minha parte. Senti sua falta.

Minho sorriu para ele, seus olhos eram muito suaves e adoráveis.

— Eu sei. Eu também. Praticamente desde sempre.

— Oito dias.
 
— E quatro horas. — Minho acrescentou infeliz, acariciando o peito do mais velho.

Jisung riu e o abraçou com força. Era bom saber que ele não era o único patético.

— Amo você. — Disse ele, beijando Minho atrás da orelha e respirando seu perfume com avidez. Ele não podia acreditar que houve um momento em que achou isso pouco atraente.

Parecia que estava em outra vida, como se ele tivesse sido um homem completamente diferente. Um homem solitário e infeliz casado com seu trabalho.

Minho deixou escapar um suspiro de satisfação.

— Amo você também. — Ele disse, correndo os dedos pelo braço de Jisung e enredando seus dedos. — Muito.

Jisung apertou sua mão.

— Então, onde você encontrou Jeongin?

Sorrindo, Minho começou a falar e gesticular animadamente, seus olhos brilhando de felicidade e alívio.

Jisung apenas o observou e acenou com a cabeça esperançosamente nos lugares certos, absorvendo-o. Porra, ele era tão lindo. Tão bonito. A coisa mais linda que ele já tinha visto. E ele era apenas seu. Seu marido, seu companheiro, seu Minho.
 
Minho começou a rir.

— Você não está ouvindo!

— Quem pode me culpar? — Jisung disse, empurrando-o sobre a mesa. — Ah, foda-se.

Estava cansado de ser responsável.

— Não pode estar falando sério.

Jisung o beijou.

Minho ainda estava rindo enquanto beijava de volta, então o beijo não foi apenas muito bom.

Ainda parecia perfeito.

Fim.

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𝐔𝗇𝗇𝖺𝗍𝗎𝗋𝖺𝗅  •  𝐌𝗂𝗇𝐒𝗎𝗇𝗀Onde histórias criam vida. Descubra agora