𝐔𝗇𝗇𝖺𝗍𝗎𝗋𝖺𝗅 • 𝐌𝗂𝗇𝐒𝗎𝗇𝗀

𝟣𝟤

Quando Minho finalmente se sentiu mais em si, vestiu-se e desceu as escadas. Embora ele não tivesse certeza de como se comportar perto de Jisung, ele não podia ficar na sala que ainda cheirava avassaladoramente ao cio do outro alfa. Isso fez sua pele formigar com a estranha ansiedade, antecipação, repulsa e desejo.

Ainda era muito cedo e ele percebeu que todos deviam estar na sala de café da manhã, mas a encontrou vazia.

— Eles estão na sala de estar, Sr. Lee. — Disse-lhe uma empregada, sorrindo. — Sr. Felix acabou de voltar para casa!

Fazia sentido. Jisung estava esperando que seu irmão mais novo voltasse para casa por um tempo agora. JungEun deve ter ficado em êxtase.

— Obrigado, SaeByeok. — Disse Minho e se dirigiu para a sala de estar.

Ele ouviu as vozes antes de chegar lá. Ele parou na porta, despreparado para a cena emocional que o saudou.

JungEun estava chorando, seus braços magros envolvendo um homem vestido no uniforme militar Kadarian vermelho com faixas de ouro que denotavam sua patente de capitão. O homem era ridiculamente bonito. Ele não se parecia com Jisung, apenas um pouco mais alto, mais largo.

Seu perfume era tão forte. Muito forte.

Minho torceu o nariz, seu próprio cheiro aumentando em resposta à presença de um alfa Xeus desconhecido.

O homem - Felix - virou a cabeça, provavelmente sentindo o cheiro dele também, e o Lee notou outra diferença entre ele e Jisung: ele era loiro, não moreno.

As sobrancelhas dele se ergueram.

— Embora você tenha me contado sobre isso, mãe, devo dizer que ainda é estranho ver o Portador da Morte em nossa casa.

Minho enrijeceu com o apelido. Ele sempre odiou isso. Só porque ele era bom nisso, não significava que tinha prazer em matar.

Antes que ele pudesse dizer qualquer coisa, Jisung se colocou entre Minho e seu irmão.

— Não o chame assim.

Minho estremeceu. A voz de Jisung era baixa e muito autoritária, quase um grunhido. Isso enviou um calor por seu corpo, sua mente se tornando um pouco nebulosa. Sacudindo a estranha sensação com alguma dificuldade, Minho deu um passo à frente para que ele e Jisung ficassem ombro a ombro.

Ele sorriu gentilmente para Felix. Não estava realmente zangado. Ele poderia dizer que Jeongin estava só se sentindo protetor com sua família, e os alfas Xeus eram notoriamente ruins em controlar seus instintos.

— É um pouco rude cumprimentar seu irmão mais novo dessa maneira, não acha?

Jeongin bufou.

— Sim. Não há necessidade de fingir. Todos nós sabemos que dificilmente é um casamento por amor. O Hyung é um alfa, ele não... — Felix se interrompeu, seu olhar caindo para o pescoço de Minho.

Minho sentiu o rosto queimar enquanto o olhar de todos seguia o de Felix. Chuu guinchou, os olhos de JungEun se arregalaram e Jisung... ele olhou para a marca com uma expressão estranha antes de olhar para cima, nos olhos de Minho.

Minho não tinha certeza do que viu neles, mas o cheiro de Jisung ficou mais forte. O Han colocou a mão em seu ombro, os dedos pressionando contra o hematoma. Minho estremeceu, como se tivesse sido eletrocutado, as pálpebras ficando pesadas. Oh.

Ele só conseguiu piscar atordoado quando Jisung disse:

— Este é meu marido, Minho, e você vai tratá-lo como um irmão. Está entendido, Felix?

Felix olhou de Jisung para Minho com olhos pretos penetrantes. Uma carranca intrigada apareceu entre suas sobrancelhas escuras enquanto ele farejava o ar.