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Lee Minho passou os próximos dias alternando entre surtar com o fato de que estava obcecado por seu marido alfa e surtar com o fato de que não tinha ideia do que fazer a respeito. Não ajudava que Jisung continuasse enviando sinais confusos. Ele ainda era tão carinhoso com Minho como sempre, mas agia como se o que acontecera no armário não fosse grande coisa.

Nada havia mudado em relação à amizade, e isso estava deixando Minho louco. Metade do tempo ele queria literalmente pular em cima do marido e arrancar suas roupas, enquanto o Han continou irritantemente imperturbável, irritantemente bem-humorado e irritantemente acessível com ele.

Havia também o problema não tão insignificante de seu pai. Não poderia evitá-lo ou ao tio Yewang para sempre.

Ele não sabia o que fazer.

Para piorar as coisas, as tensões entre os dois países cresciam novamente. Embora aquela coletiva de imprensa parecesse ter resolvido as dúvidas dos kadarianos sobre a viabilidade de seu casamento, parecia ter deixado os pelugianos preocupados com o fato de seu futuro rei ter descoberto o pescoço para um senador kadariano.
 
— Isso é ridículo. — O loiro grunhiu em frustração.

Moonbyul, gerente de relações públicas do Han, lançou-lhe um olhar simpático.

— É. — Disse. — A parte complicada é que estaria tudo bem se você fosse um ômega ou um beta, mas porque você é um alfa, ofende seus conterrâneos que você não é... — Ela parou, algo como desconforto aparecendo em seu cheiro beta.

Minho zombou, recostando-se no sofá.

— O quê? O cachorro mais importante do meu casamento?

A Moon estremeceu, olhando para Jisung hesitante. Ele ainda estava ao telefone e parecia estar prestando apenas uma atenção marginal.

Minho tentou não olhar muito para ele. Ele estava ciente de que seu sucesso era apenas parcial. Seu olhar parecia gravitar de volta para os dedos fortes de Jisung batendo na superfície da mesa distraidamente e para o botão superior desabotoado da camisa branca dele. Minho queria lambê-lo. Beijá-lo todo. E chupar seu pau. E...

Pare com isso.

Amigos. Eles eram apenas amigos. Se Jisung quisesse mais, ele já teria dito algo, certo?
 
— Basicamente. — Disse Moonbyul. — Eu sei que são padrões duplos, mas é o que é.

Passando a mão pelos olhos, Minho suspirou.

— Mas o que podemos realmente fazer para consertar minha imagem?

Ela deu a ele um olhar longo e intenso.

— A questão é: você quer consertar?

O primeiro impulso de Minho foi rir e dizer a ela que é claro que sim. Mas então ele realmente pensou sobre isso - e sobre sua discussão com Jeongin. Eles podem ter feito as pazes, mas o primo não falou ter mudado de opinião.

Escolha. Você não pode sentar em duas cadeiras ao mesmo tempo.

Ele teve que fazer uma escolha, não era? Ele não poderia construir a sua imagem pública como um marido submisso o suficiente para Jisung, e então fazer um cento e oitenta e ser um alfa exagerado para o benefício de seus compatriotas. Não precisa ser um ou outro, supôs, mas sua credibilidade seria arruinada se ele tentasse desempenhar os dois papéis.

— Eu posso fazer o que você fez na entrevista coletiva. — Jisung interrompeu, provando que ele estava prestando atenção neles eles, afinal.
 
Minho franziu a testa e olhou para ele.

— Você... você vai descobrir a sua garganta por mim? Em público?

Os cantos da boca do Han se contraíram, mas seus olhos escuros eram suaves quando ele colocou a mão no ombro de Minho.

𝐔𝗇𝗇𝖺𝗍𝗎𝗋𝖺𝗅  •  𝐌𝗂𝗇𝐒𝗎𝗇𝗀Onde histórias criam vida. Descubra agora