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Jisung tinha acabado de voltar do trabalho quando foi abordado por sua mãe.

— Eu preciso que você dê uma olhada na lista de possíveis ômegas que eu compilei para Felix. — JungEun disse.

Jisung fez uma careta, lembrando da cena que ele e Minho haviam testemunhado involuntariamente. Ele realmente duvidava que seu irmão ficaria feliz em ouvir sobre os planos de sua mãe.

— Estou cansado, Mãe. — Disse ele brevemente, caminhando mais rápido em direção ao quarto de Minho. Ele não atendeu ao telefone quando Jisung ligou para ele, e depois da conversa desta manhã, Jisung estava preocupado. Se Minho tivesse falado com seu pai e não tivesse corrido bem...

Ele queria ver Minho, certificar-se de que ele estava bem.

— Jisung? — JungEun disse de forma brusca, correndo para alcançar o filho. — Não me ignore quando estou falando com você.

— Eu disse que estou cansado. — Ele retrucou.

Ela se encolheu e deu um passo para trás, uma expressão atordoada no rosto.

Demorou um pouco para perceber que havia usado sua voz de alfa nela.

Jisung estremeceu. Nunca recorreu a usar sua designação contra sua mãe e irmã. Até agora, aparentemente. Ele só queria ver Minho. Ele não tinha paciência para os planos matrimoniais de sua mãe para Felix.

— Sinto muito, Mãe. — Disse ele, se forçando a soar mais gentil. — Estou muito cansado e preciso falar com Minho.

Em vez de parecer pacificada, sua mãe parecia mais irritada agora.

— Minho. — Disse ela. — Não tenho nada contra ele, mas você percebe quanto tempo passa com ele quando está em casa? Quase não vemos você!

— Ele é meu marido. — Jisung disse, seu aborrecimento crescendo. — Claro que passo muito tempo com ele.

Os lábios de sua mãe se contraíram.

— Mas não é um casamento de verdade.

Os olhos do moreno se estreitaram. Desta vez, ele permitiu que seu cheiro engrossasse e enchesse o ar entre eles de propósito.

— Garanto que meu casamento é muito real. Eu quero dizer o que disse a Felix: Minho é meu marido, e espero que você o trate como me trata.

A perplexidade passou por seu rosto.

— Mas... mas vocês não são marcados, Jisung.

Algo quente e zangado encheu seu peito. Sua mão se cerrou.

— Só porque ele é um alfa e não tem os hormônios necessários para a marca de acasalamento se formar, isso não o torna menos meu. Não se engane, Mãe: ele é meu. E não vou permitir que nenhum de vocês o trate como um estranho. Fui claro?

Ela olhou para ele por um momento antes de balançar a cabeça lentamente.

Jisung se afastou, seus nervos ainda em frangalhos pelo encontro. Parte dele ficou surpreso e perturbado com a força de sua reação, mas principalmente ele estava apenas com raiva.

Vocês não são marcados, Jisung.

Algo nessas palavras o irritou, fez com que tivesse vontade de procurar Minho e colocar sua marca, sua marca, tudo sobre ele.

Minho era seu. Exceto que ele não carrega sua marca, e esse era o problema, não era? Desde que Minho não usasse sua mordida permanentemente, o alfa nele nunca ficaria satisfeito, não importa o quão impossível fosse para a mordida. Minho era um alfa. A marca nunca duraria; sabia disso racionalmente. Mas saber algo racionalmente não era o mesmo que sentir. Ele queria marcar Minho. Ele queria que Minho cheirasse como dele.

𝐔𝗇𝗇𝖺𝗍𝗎𝗋𝖺𝗅  •  𝐌𝗂𝗇𝐒𝗎𝗇𝗀Onde histórias criam vida. Descubra agora