07

75 7 3
                                    

Ana Flávia acordou no dia seguinte com a lembrança da carta ainda fresca na mente. A cada vez que ela se pegava pensando naquelas palavras, um sorriso bobo escapava, e ela acabava escondendo o rosto nas mãos, rindo sozinha. Era impossível tirar Gustavo da cabeça. Para tentar distrair a mente, decidiu colocar um filme, escolhendo um dos seus preferidos: Táticas do Amor.

Mas nem isso ajudou. O filme mal começou, e ela já estava perdida em pensamentos, voltando à memória do jantar planejado e da doçura de Gustavo. Foi quando o celular vibrou ao lado dela. Ana Flávia pegou o aparelho e viu o nome dele na tela.

Meu fotógrafo 📸 ❤️

— Oi, Ana, tudo bem? — dizia a mensagem.
08:34

Ela sorriu, sentindo o coração dar um pequeno salto, e respondeu rápido:

— Oi! Tudo sim, e você?
08:35

— Tudo bem. Queria saber... Você toparia vir aqui em casa hoje à tarde?
08:40

Ela riu, achando fofo o jeito como ele sempre a convidava de forma gentil.

— Claro! A que horas você acha que eu peço o Uber? Eles demoram um pouco...
08:42

Gustavo não perdeu tempo:

— Uber? Que Uber, Ana?
08:43

Ela riu da resposta rápida e provocadora.

— Ah, é verdade.

— Eu vou te buscar, é o mínimo que eu posso fazer.

— Gustavo, você é tão cavaleiro... Assim eu fico mal acostumada.

Ele respondeu com uma leve provocação:

— Então pode se acostumar, porque é exatamente isso que eu quero.

Eles terminaram a conversa com sorrisos bobos de ambos os lados. Gustavo colocou o celular de lado e foi direto para a academia, enquanto Ana Flávia iniciou sua rotina de ioga e pilates. Durante todo o tempo, os dois não paravam de pensar um no outro.

Gustavo aproveitou o dia para comprar algumas coisas: doces que sabia que ela adorava, como Fini, chocolate e sorvete. Também pegou alguns itens para o jantar. E mesmo no supermercado, os pensamentos dele estavam sempre voltados para Ana Flávia, imaginando como seria tê-la em casa.

Enquanto isso, Ana Flávia escolhia sua roupa com cuidado. Pegou um vestidinho de alça fina, curto, e colocou um salto delicado. Seu cabelo estava solto, com ondas suaves nas pontas, deixando-a ainda mais radiante. E, como sempre, guardou na bolsa uma roupa extra, caso precisasse passar a noite fora.

Gustavo, por sua vez, vestiu uma calça de alfaiataria e uma camisa polo. Queria parecer arrumado, mas sem exagerar. Às 18h, estava em frente a mansão de Ana Flávia.

Quando ela desceu e abriu a porta de sua casa, os dois se olharam por um momento silencioso.

— Ana Flávia, você está linda.

Ela sorriu, sentindo o coração aquecer com o elogio.

— E você também, Gustavo.

Eles se aproximaram e se abraçaram por um longo momento, aproveitando o calor um do outro. Gustavo, como sempre, abriu a porta para que ela entrasse.

— Obrigada, cavalheiro.

— Sempre.

Em menos de 15 minutos, eles chegaram à casa dele. Assim que entraram, Gustavo começou a mostrar o lugar. A casa era decorada com tons elegantes: madeira, preto e cinza, com um toque minimalista e acolhedor. Ele tinha quadros de viagens nas paredes e objetos que contavam histórias de aventuras que vivera.

Through His Lens • Miotela Onde histórias criam vida. Descubra agora