O sol entrava pelas frestas da cortina do hotel em Londres, iluminando suavemente o rosto de Ana Flávia. Gustavo estava acordado, observando-a com um sorriso divertido enquanto passava os dedos por seus cabelos bagunçados. Ela ainda dormia tranquilamente, respirando de forma lenta e profunda.
Quando ela começou a se mexer, ele sussurrou:
— Bom dia, ciumentinha. Dormiu bem?Ana Flávia abriu os olhos devagar, sem pressa, e lhe lançou um olhar preguiçoso.
— Bom dia... — Ela esfregou o rosto e, ainda deitada, o puxou para mais perto, abraçando-o como se fosse um travesseiro gigante. — Hoje é nosso último dia em Londres... não quero sair da cama.Gustavo riu e acariciou suas costas.
— Eu também não. Mas você sabe que precisamos pegar o jatinho logo, né?Ela suspirou, fingindo indignação.
— Eu deveria fazer você dormir no sofá por me tirar daqui tão cedo.— Vai me ameaçar de novo, é? — ele provocou, beijando o topo de sua cabeça.
— Só se você continuar se achando o gostosão.
— Eu sou — ele retrucou com um sorriso travesso.
Ana Flávia sentou-se no colo dele de repente, cruzando os braços com um olhar desafiador.
— E agora? Não é tão fácil, né, Mioto?Gustavo suspirou pesadamente, tentando não mostrar o quanto amava essa provocação dela.
— Isso é golpe baixo, Ana... Você sabe o que acontece quando senta assim.Ela arqueou uma sobrancelha, segurando o riso.
— Acontece o quê?— Você me derrota, toda vez.
Eles riram juntos, mas o momento logo foi interrompido por Ana, que se levantou preguiçosamente e caminhou até o banheiro. Gustavo ficou deitado por alguns minutos, aproveitando a sensação de calma antes do dia movimentado. Quando ela voltou, ele percebeu como ela caminhava lentamente pela cama na direção dele, como um gato brincalhão.
— O que você quer, hein? — ele perguntou, rindo da cena dela engatinhando sobre ele.
— Quero carinho... Faz carinho em mim, Gustavo.
Ela se aninhou ao lado dele, a cabeça em seu peito, e ele começou a passar os dedos levemente por seu cabelo e suas costas. Aos poucos, ela foi relaxando completamente, até que adormeceu novamente, entregue ao cansaço.
Mais tarde, já próximo do horário de embarque, Gustavo a pegou no colo com cuidado, tentando não acordá-la. Carregou-a até o carro enquanto um dos funcionários levava as malas para o veículo. Ela estava exausta, e ele se deliciava em cuidar dela nesses momentos.
Com ela ainda dormindo profundamente, ele a colocou no assento confortável do jatinho e afivelou o cinto ao redor de sua cintura. Quando ela finalmente acordou, piscando confusa, perguntou:
— Onde a gente tá?— No jatinho — ele respondeu, sorrindo.
— Como assim? A gente não estava no hotel agora há pouco?
— Você estava dormindo tão gostoso que nem percebeu quando eu trouxe você até aqui.
Ela sorriu preguiçosamente.
— Ainda bem que você cuidou de tudo... Mal acredito que nem precisei carregar minhas malas.— Você acha mesmo que eu ia deixar você fazer isso? — ele brincou. — É claro que não.
O voo passou rápido, com ambos aproveitando o conforto e a privacidade do jatinho. Ana Flávia cochilava de tempos em tempos, ainda grudada nele, e Gustavo aproveitava cada segundo daquele momento tranquilo. Quando pousaram em Nova York, ele a acordou com um beijo suave na testa.
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Through His Lens • Miotela
RomanceAna Flávia Castela é uma modelo reconhecida, vivendo sob a pressão de um relacionamento abusivo com Henrique, um namorado controlador que abala sua autoestima e estabilidade emocional. Durante uma sessão de fotos para a revista Vogue, ela conhece Gu...