𝙦𝙪𝙖𝙧𝙚𝙣𝙩𝙖 𝙚 𝙨𝙚𝙩𝙚

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                                 Eu quero continuar sendo racional, quero continuar pensando em como melhorar e ser grata, eu não teria conseguido me recuperar sem a ajuda do Obito, eu...com certeza ainda estaria no fundo do poço se não fosse por ele. Mas infelizmente...eu sinto que o Tobirama ainda faz parte do meu presente, talvez eu ainda não tenha superado, talvez eu não queira superar porque é algo tão doloroso que eu me sentiria perdida se ficasse sem...

         Me acostumei com ele? Assim...como ele se acostumou com aquela mulher?

         Eu espero que não.
         Se sim, esse seria o meu fim.

— Você acha que ele vai ficar bem?— Obito me perguntou enquanto separava as cartas do baralho, ele não teve aula hoje, pelo que me disse sua faculdade iria entrar em greve por alguns dias— O Tobirama.

— ... sinceramente eu não sei — Eu tentei ignorar esse assunto na minha mente, sinto que se ele continuar sendo presente na minha vida eu nunca vou melhorar, nunca vou conseguir me esquecer de tudo que aconteceu...— ...eu...— Droga...sinto vontade de chorar de novo, qual é a porra do meu problema?? — Caralho...— Funguei com o nariz, odeio isso...

— Tudo bem? — Ele largou as cartas e se aproximou de mim, segurou meu rosto e me fez encara -lo— O que foi princesa? Por que está com essa cara?

— ...o Tobirama...

— ...ele vai ficar bem, ele se esqueceu, não é? Minha mãe não é mais capaz de perturba -lo, ele sabe se defender muito bem pelo que me disse.

— Eu só...sinto que tem algo errado, aquele...aquele olhar dele, não é o olhar do Tobirama, eu não entendo...

— Ele perdeu a memória S/n...pela primeira na vida o olhar dele não é de sofrimento.

— ...mas...

— Você deveria esquecer esse assunto, não acha? Estava indo tão bem... não deixe que o que aconteceu com ele te abale, está bem? Precisa continuar focando em você.

— Ok...— Ele tem razão.

             Ou pelo menos eu espero que tenha...

         [...]

         —... você... está escrevendo um livro?— Talvez, mas só talvez...eu tenha cogitado voltar a trabalhar na livraria, e sim, eu sei que posso estar louca por decidir algo assim, mas tem alguma coisa...alguma coisa errada aqui, e sinceramente não penso em sair até descobrir o que é — Sobre?

— Romance — O platinado sorriu — Eu...achei que talvez pudesse ser divertido, o meu eu do passado fazia bastante isso, não é?

— É...ele sempre gostou disso...

—... eu...acho que algo alegre faria bem, uma escrita mais criativa e sem muitas reviravoltas, apenas um romance leve, gosta?

— Eu com certeza leria algo assim, me parece promissor.

            Ele... continuava me encarando de um jeito diferente...

            Ou estou começando a imaginar coisas?

— Me desculpe a pergunta repentina mas...por que terminamos exatamente? Se eu puder saber é claro.

—...ah... claro, eu...eu apenas me cansei na verdade — Falar sobre isso, eu não quero me machucar de novo...— Você começou a não se esforçar para fazer o nosso relacionamento dar certo, estava...ocupado demais dando atenção aos próprios demônios do que a mim, e eu sei que falando assim parece totalmente egoísta da minha parte mas eu...

𝐋𝐈𝐅𝐄 𝐆𝐎𝐄𝐒 𝐎𝐍 Onde histórias criam vida. Descubra agora