CAPÍTULO X - Um pouco mais sobre ela

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Point Of View - Lauren

Camila estremece quando saio de dentro dela.

Sento-me rapidamente na cama, tiro a camisinha e a jogo na lixeira.

O que diabo minha mãe está fazendo aqui?

Taylor a distraiu, ainda bem. Bom, ela está prestes a ter uma surpresa.

Camila continua deitada na cama.

— Vamos, precisamos nos vestir, isto é, se você quiser conhecer minha mãe. — Sorrio para Camila, levanto-me e visto a calça jeans, sem me preocupar em vestir uma cueca. Observo novamente Camila e ela está com uma aparência adorável.

— Lauren, não consigo me mexer — protesta ela, mas também está sorrindo.

Sorrio um pouco mais, inclino-me, desfaço o nó da gravata, notando a marca que o tecido deixou na pele dela. Porra, isso é tão sexy. Suspiro, precisando me conter, e beijo sua testa.

Minha mãe vai ficar feliz da vida.

— Outra primeira vez — murmuro, sem conseguir tirar o sorriso do rosto, e Camila me observa com um semblante confuso.

— Não tenho nenhuma roupa limpa aqui.

Visto uma camiseta preta e quando me viro ela está sentada na cama, abraçando os joelhos.

— Talvez eu deva ficar.

— Ah, não, não deve, não — aviso e passo a mão pelos meus cabelos, tentando controlar os fios rebeldes. — Você pode usar alguma roupa minha.

Percebi que gosto muito quando ela veste minhas roupas.

Ela fica boquiaberta.

— Karla Camila, você ficaria bonita até com um saco. Não se preocupe, por favor. Eu gostaria que conhecesse minha mãe. Vista-se. Vou lá acalmá-la um pouco. — Seus olhos se arregalam um pouco e ela aperta os lábios. Sim, linda, estou falando sério. — Espero você na sala, dentro de cinco minutos, caso contrário, eu virei e a arrastarei para fora daqui, com qualquer coisa que esteja vestindo. Pode ficar à vontade para olhar o closet e escolher o que quiser, algo talvez te agrade. Sirva-se.

Após adverti-la, abro a porta e saio para encontrar a minha mãe.

Clara está de pé no corredor em frente à porta do hall, e Taylor conversa com ela. Seu rosto se ilumina quando me vê.

— Querida, eu não tinha ideia de que você estaria acompanhada! — exclama ela, parecendo um pouco envergonhada.

— Oi, mãe. — Beijo a bochecha que ela oferece. — Eu assumo daqui — aviso a Taylor.

— Sim, Sra. Jauregui — ele assente, parecendo exasperado, e volta para seu escritório.

— Obrigada, Taylor — grita minha mãe atrás dele, então volta toda a sua atenção para mim. — Assume daqui? — pergunta, me repreendendo. — Eu estava fazendo compras no centro e achei que podia passar aqui para tomarmos um café. — Ela faz uma pausa. — Se soubesse que você tinha companhia... — Dá de ombros de maneira desajeitada e infantil.

Ah, Dona Clara, a senhora já passou aqui muitas vezes para tomar café e havia uma mulher... só que a senhora nunca soube.

Você nunca quis que ela soubesse, Jauregui.

— Ela vai se juntar a nós em um instante — admito, tranquilizando-a. — Quer se sentar? — Faço um gesto na direção do sofá.

— Ela?

— Sim, mãe. Ela.

Meu tom de voz sai um pouco ríspido porque estou me segurando para não rir. Ao menos uma vez, ela fica em silêncio ao andar pela sala.

Cinquenta tons de verde (Camren)Onde histórias criam vida. Descubra agora