You are a compass never choosing a side
Got my fingers crossed, oh, I'm feeling lost just looking at you
You got my chasing every clue to your heart
Can you tell me fast, don't let this pass
You are my treasure mapMap - Petrus
Agora duas semanas haviam se passado desde a primeira noite em que dormiram juntos.
O ex de Verônica retornou à Santa Bárbara na Califórnia depois que um agente duplo o informou que ela estava lá, mas mesmo assim, ela continou na casa de Spencer Reid... porque ele pediu... em nome da segurança dela, claro.
Além disso tinham descoberto o informante dele, o cara estava preso a essas horas.
Ela ainda não tinha retornado à BAU, mas levava a vida de dona de casa.
Cozinhava, ajeitava as coisas aqui e ali, recebia Reid com um sorriso no rosto e a boceta molhada. Fodiam na mesa, na sala, no quarto e, não suficiente, no chuveiro. O que Spencer Reid não transou na vida, havia transado em uma semana com ela.
Quando as coisas ficavam tensas no trabalho sentavam juntos no sofá e liam e reliam toda a papelada procurando novas inspirações, comiam comida oriental e se esbaldavam noite a dentro.
Era triste quando ele tinha que viajar, mas ligava pra ela dando todos os paradeiros.
A equipe toda já havia sido avisada da situação de Storm e aguardava ansiosamente pelo retorno. Como em tão pouco tempo se apegaram tão forte naquela mulher inteligente e divertida?
Mesmo não trabalhando ativamente nos casos, Verônica auxiliava como podia... passaram por um assassino de prostitutas, a prisão de Morgan, um bombista em série e um serial killer foragido a mais de dez anos.
Amanhã, finalmente ela estaria de volta. Acontece que no meio da noite Reid recebeu uma ligação de JJ dizendo que um caso urgente tinha sido aberto e precisavam estar na sala de reuniões em, no máximo, vinte minutos.
Ela decidiu que iria adiantar sua volta. Ele se ajeitou na sala mesmo e esperou que ela ficasse pronta.
- Boa noite, Doutora Verônica Storm.
- Bom noite, Doutor Spencer Reid! - disse chegando na sala do apartamento toda vestida e cheirosa, botas de salto, casaco de pelo e tudo mais.
- Está linda - admitiu tirando os olhos do jornal e fitando ela sem parar - É melhor irmos logo, se não vou querer ver que calcinha está escondida debaixo dessa saia.
- Será que estou usando uma?
Com ela era assim, nunca sabia se estava brincando ou falando a verdade.
Uma coisa curiosa sobre Verônica Storm, que Spencer Reid adorava, era a coleção de calcinhas dela. Desde rendas até o rosto do Arnold Schwarzenegger estampado na bunda. Estampa de oncinha até de lacinho. De fio dental até a largura de uma calcinha de vó, que não diminuia o tesão dele em nem um por cento.
Mas o que pegava mesmo no peito do detetive era quando ela dizia que estava sem... no final da tarde sempre descobria.
- Vamos, Verônica. Não quero ir de pau duro para o trabalho.
Ela riu e saíram do apartamento.
O que ela não havia contado pra ele ainda é que já tinha sido realocada para um hotel, essa vibe de casados iria acabar em um dia...
...
Ela foi recebida com muitos abraços, sorrisos e xícaras de café e o que mais estava ansiosa... um caso tenso e perturbador.
Até Gideon deu um sorrisinho de canto ao perceber que ela tinha retornado.
Derek Morgan achou esquisito que Reid não estava contente, nem com saudades da doutora. A equipe sabia que ela estava escondida... não que estava na casa dele. Desde aquele descuido com o chupão na primeira noite (o qual ele teve que usar o lenço no pescoço três dias seguidos), tomaram mais cuidado com os lugares visiveis.
- Foram semanas tão divertidas sem você aqui... - brincou Aaron.
- Foram nada! Estávamos com saudades - comentou Garcia esticando a mão para alcançar a da colega e dar um apertinho reconfortante.
- Ouvi diversão? - questionou JJ entrando na sala - A diversão acabou.
Todos na equipe se encararam.
- Um casal foi assassinado a uma hora atrás mas a policia descobriu rápido.
- Como? - questionou Storm.
- Um dos "Descon" ligou para a polícia e disse que o outro "Descon" ia matar as vítimas.
- Uma dupla de Descons? Ligou antes do assassinato acontecer? Que esquisito...
- E eles ligaram de dentro da própria casa... segundo a telefonista a voz do primeiro homem era assustada e implorou que a polícia chegasse logo, e o outro, identificado como Rafael, estava indo matar os pecadores que viviam lá - Spencer e Verônica se encararam de olhos arregalados.
- Será que... esse primeiro homem também não é uma vítima? - as pessoas encararam Storm - Não faz sentido ele delatar o companheiro, talvez esteja sob ameaça, ou algo do tipo.
- É possível - Reid respondeu - Mas como ele encontrou uma brecha para ligar para a polícia? Qual foi o tempo de resposta da polícia?
- Quatro minutos e 26 segundos - a loira respondeu. - Durante os quais, Rafael conseguiu fazer isso... - passou os slides mostrando um massacre sanguinolento terrível e uma passagem da Bíblia de brinde.
- Meu Deus - sussurrou García.
- O Descon fez isso em quatro minutos e meio? - perguntou Emily Prentiss.
- São matadoresde pecadores - Morgan se pronunciou - Essa gente acha que tem uma missão.
- E assassinos com missão não param de matar - finalizou Reid.
- O avião para Atlanta parte em 20 minutos.
- Vinte? - Verônica questionou - Você anda diminuindo cada vez mais!
- Tudo bem! - bufou Hotchner - Meia hora.
Ela e Spencer se encararam, meia hora dava uma rapidinha...
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maps, dr. spencer reid
FanfictionUMA FANFIC QUALQUER DO SPENCER REID ou, onde Spencer Reid precisa, de madrugada, buscar um copo de água para sua colega de trabalho, Verônica Storm, depois de....