buon viaggio

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REPUBLICANDO PORQUE FIZ MERD*

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— Meu deus — disse descendo do avião — nunca mais quero subir nessa joça.

— E a gente vai ficar aqui pro resto da vida, é isso?

Ramiro  se desesperou um pouco pensando que teria que passar por tudo aquilo de novo, quase teve um treco lá no alto e o negocio nunca chegava. Durante uma turbulência procurou seu documento dentro da mochila e botou no bolso da jaqueta jeans que usava, pra caso o avião inventasse de cair, seria mais fácil o reconhecimento.

Mas não aconteceu nada, só tomou um banho de café quando a aeronave começou a pular igual um boi bravo e quase quebrou os dedos do marido de tanto apertar.

— Amor, será que não dá pra voltar de navio não em?

— Pro navio afundar? — disse pegando o endereço do hotel dentro da bolsa — se for nosso dia de morrer, Rams, a gente nem de casa precisa sair.

Pegaram um táxi desenrolando no pouco de inglês que sabiam.

Roma era linda, pela janela do carro ambos ficavam maravilhados com a beleza da arquitetura.

— Aqui é tudo meio velho né? — perguntou o loiro.

— É, o país é muito antigo, amor, tem muitos mil anos.

Ramiro foi o caminho todo contando o que descobriu sobre o país em suas pesquisas, falando sobre os pontos turísticos e Kelvin como sempre maravilhado com o quanto seu homem era perfeito, nem a cidade lá fora chegava aos pés da beleza, da complexidade e pureza de seu amor.

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— Rams, jura que você reservou a melhor suíte do hotel? — estava boquiaberto com a magnitude do enorme apartamento — foi por engano?

— Até parece que a gente não mora numa mansão, pequetito — pegou o marido no colo — claro que não foi engano, imagina só eu podendo te dar o melhor e não dando...que tipinho de marido eu seria?

— Eu só acho que a gente não precisa gastar tanto — viu a cara chateada do preto — não fica triste, eu só não sei se tenho algo a oferecer que se equipare a tudo que você me dá.

— Seu amor é suficiente meu Kévin — beijou o marido rapidamente — vamo dormir um pouco, amanhã a nossa guia passa aqui pra levar a gente até o coliseu.

Tomaram um banho rápido e caíram na cama, os dois mortos de cansaço pois não conseguiram tirar nem um mísero cochilo durante a viagem de vvinte horas, com Ramiro se borrando de medo e Kelvin tentando acalmar ele.

Deitaram pelados, o que em qualquer outro momento desencadearia uma noite quente e suada mas nem bem encostaram a cabeça no travesseiro e já dormiram...sem tirar nem o essencial das malas.

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— Juro Ramiro, detesto te extorquir mas vamo precisar de roupa, essas roupas nossas em new spring tudo bem mas num combina com a europa.

— Para com isso Kelvin — disse sério — esse dinheiro é seu, para de falar que tá me falindo me extorquindo sei lá, para amor, cê sabe bem que se não fosse pra te dar mais conforto e te mimar eu nunca que ia querer esse dinheiro.

— Tá bom mas depois não reclama.

A guia que  Ramiro contratou era brasileira e se chamava Sandra, pegou eles na porta do hotel onde se hospedaram para levá-los ao primeiro ponto turístico que visitariam, o Coliseu.

Ramiro tirava foto de absolutamente tudo, disse ao marido que no futuro quando estivesse gagá e ruim da memória agradeceria ele por isso.

— Rams, nem dá pra acreditar que nossa vida mudou tanto assim, olha onde a gente tá!

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