My Golden Star- Bruno Mars

20. Japão 🇯🇵

Bruno's pov

Assim que pisei no Japão, a primeira coisa que fiz foi mandar uma mensagem para Helen. Sabia que a distância entre nós estava criando inseguranças, e, como somos famosos, isso só tornava tudo mais complicado. A verdade é que, enquanto eu tentava pensar em uma solução para nossa situação, a ansiedade tomou conta de mim.

A viagem foi cansativa e estressante, e logo fui para o hotel descansar. No dia seguinte, teria o meu primeiro show no país...

CORTE NO TEMPO
14/11

O grande dia finalmente chegou, e eu estava MUITO animado. Acordei com uma dor de garganta e a voz meio falhada, mas ignorei isso ao ver a mensagem de Helen desejando-me um ótimo show. Ela talvez não soubesse, mas aquelas palavras iluminaram meu dia.

Na nossa rotina de primeiro dia de show em um novo país, eu e os meninos sempre visitamos o local do evento para analisar o espaço, definir onde ficarão os instrumentos e ensaiar os passos de dança. Desta vez não foi diferente.

Quando chegamos ao estádio, fui recepcionado por uma mulher, Rina.

Bruno Mars, é um prazer conhecê-lo — disse ela, uma japonesa morena de cerca de 1,50 m. — Me chamo Rina, sou a estilista oficial da Starlight Events, a produtora que organizou este show. Serei sua estilista durante as apresentações por aqui.

Prazer — respondi, tentando ser simpático enquanto cumprimentava-a. No entanto, senti seu toque no meu peitoral e, por um momento, aquilo me deixou desconfortável. Tentei ignorar, achando que era coisa da minha cabeça.

Deseja fazer alguma alteração? — perguntou. — Também faço parte da organização.

Por mim, tudo certo. Vou ver com os meninos — disse a ela. — Gente, alguém quer trocar alguma coisa de lugar?

Pede para pôr a bateria mais para a esquerda — sugeriu Eric.

Certo — Rina anotou na planilha. — Algo mais? Ela me olhou de cima a baixo antes de sair, e a tensão começou a aumentar.

Não, só isso! Obrigado — falei e ela com um sorriso no rosto se virou e saiu.

Bruno, toma cuidado com essa mulher aí — Phil disse em um tom baixo ao se aproximar de mim.

Por que? — perguntei, um pouco confuso.

Você não percebeu? Ela está claramente dando em cima de você. Se alguém grava um vídeo fora de contexto e manda para a Helen...

Tudo bem, tomarei cuidado — respondi, tentando manter a calma. — Valeu, irmão.

Não era possível que sempre houvesse alguém tentando atrapalhar o que eu e Helen estávamos construindo.

Concentrei-me no show, mas o local do evento, um imponente estádio cercado por arranha-céus brilhantes, era uma distração à parte. A expectativa de ver aquele espaço lotado me animava.

À medida que os meninos faziam as alterações no palco, Rina estava sempre por perto, coordenando tudo com uma presença marcante. Era difícil ignorar a sensação de desconforto que ela trazia. Então, decidi me afastar um pouco da agitação para clarear a mente.

Sentei-me na beirada do palco e comecei a aquecer minha voz, mas sentia que ainda estava falhada. Para me certificar de que era apenas uma impressão, liguei o gravador do celular. Comecei a aquecer, mas é claro que alguém tinha que aparecer para me interromper.

Está tudo bem, Bruno? — Rina perguntou, se sentando ao meu lado.

Sim — respondi, forçando um sorriso.