Os dias seguintes não foram diferentes daquela segunda-feira, o clima tenso estava instaurado ali e Changbin tentava fazer piadas o tempo todo para amenizar. Minho até conseguiu se distrair, mas manteve seu lado profissional, assim só falando com Jisung quando necessário, o que foram poucas vezes, ele não queria mais gracinhas, não queria mais o menor o machucando. Amava ele, mas também a si próprio e não daria mais armas para que ele atirasse em si. Jisung até notou como o maior se comportava e sentiu seu peito pesar, imaginou que era por ter perdido um amigo também, mas em momento algum pensou que era amor, que doía porque estava deixando o amor escapar entre seus dedos e não estava fazendo nada para impedir. Era muito teimoso para admitir isso.
O Lee pediu para que naquela sexta feira só fosse à tarde para a empresa, Chan disse que tudo bem, então agora ele estava entrando na nova casa do irmão, precisava de colo, precisava colocar para fora ao menos parte do que sentia, porque mesmo que ele soubesse que estava seguindo bem, isso não diminuía seus sentimentos e principalmente sua dor. Doía em cada parte do seu ser, na sua alma, na sua existência. Ficou alguns minutos com a cabeça no colo de Felix, apenas sentindo as lágrimas caírem por seu rosto, deixando que as palavras que foram ouvidas ecoasse por sua mente, fosse as que Jisung disse no dia do jantar ou as que ouviu sem querer. Não se permitiu tirá-las da cabeça e todos os dias quando estava sozinho ficava repassando cada sílaba, cada maldita sílaba de tudo que ouviu.
— Você se alimentou antes de vir pra cá?
— Não estou com fome.
— Saco vazio não pára em pé, maninho. Você precisa comer algo.
— Eu preciso não amar o Jisung, só isso.
— Bom, isso eu não consigo resolver. Mas tem bolo que fiz ontem.
— De chocolate? — Minho se interessou.
— Com muita cobertura, do jeito que você gosta.
— Então eu vou ter que aceitar. — Se rendeu.
Felix levantou do sofá, colocando uma almofada abaixo da cabeça do irmão, foi até a cozinha onde cortou o bolo e colocou em um pratinho, pegou uma colher e levou tudo de volta para a sala. Vendo Minho já sentado ali esperando.
— Obrigado, irmãozinho. — Pegou o prato em seguida.
— Quero te ver bem, sei que o momento não é fácil, então no que eu puder te ajudar eu irei.
— Não vai dizer que me avisou? — Começou a comer o bolo.
— Na verdade, não. Não é o que você precisa agora, eu sei que você esteve ciente o tempo todo, sei que mesmo assim quis arriscar e não posso te julgar. Talvez se eu tivesse no seu lugar, faria o mesmo. Porque de certo modo, eu fiz. Apostei todas minhas fichas no Hyunjin.
— Mas ele te correspondeu.
— E eu acho que o Jisung pode acordar pra vida ainda. Veja bem, não estou dizendo 'pra esperar por isso, não quero te ver mal, não quero te ver chorando e frustrado por algo que não veio. Mas sinto que o Han tem algo o prendendo, e talvez ele ainda possa enxergar e mudar isso.
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Regresso (🔞)
FanfictionMinho e Jisung são ótimos parceiros de cama, até Minho insistir em querer mais e Jisung ter que colocar um fim na gostosa casualidade deles. Fic derivada de Volver, contendo capítulos +18, não leia se for menor de idade.