Eu avisei

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Victoria De Angelis

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Victoria De Angelis

Segunda-feira de manhã. Acordei tentando seguir a mesma rotina de sempre. Mas era difícil depois de um fim de semana intenso e conturbado.

Após o banho, Sarah me obrigou a fazer qualquer tipo de curativos possíveis nas solas dos meus pés depois de ter cortado quase toda a extensão do garrão ao dedão. Estava sendo complicado andar por causa da sensibilidade do ferimento, mas era suportável. A cacheada, por outro lado, não saia de perto de mim e queria estar a todo instante me ajudando a caminhar ou se oferecendo para alguma coisa. Sempre exagerada.

Não falamos sobre o fim de semana, Tom ou os Samurais. Decidimos silenciosamente durante nossa saída furtiva da casa do lago - um momento super desconfortável que fui submetida a me esconder dentro do porta-malas para passar pelos samurais que ficavam de guarda nos portões -, que eram assuntos que não estávamos confortáveis para entrar em pauta agora. Realmente não era.

A ficha já tinha caído, no entanto, eu estava processando todas as informações lentamente. Eu precisava de um tempo para isso. Mas o tempo era curto, ainda mais que seria forçada a mudar para o quarto dos gêmeos até a meia-noite e eu enrolaria o máximo para fazer isso. Afinal, Tom disse que eu teria até hoje mas não estipulou um horário específico.

A intenção é aproveitar todas as brechas.

Eu só precisaria me livrar de tudo o que me remetia à organização antes de ir até os irmãos Kaulitz, mais precisamente apetrechos e documentos. Mas seria difícil protegê-los sem nenhuma arma ou equipamento. Também seria complicado contar sobre toda a situação para o Capitão. Sabia que não era necessário contar alguns detalhes sórdidos como: A possessividade de Tom comigo; Estar ridiculamente atraída por ele; Os três beijos com contextos mórbidos; E morar/dormir no mesmo quarto que os irmãos Kaulitz.

Mas nunca havia omitido qualquer informação sobre mim para o meu pai. E provavelmente era muito tarde para começar. Ele me conhecia como ninguém.

Estou ferrada!

Quando chegamos na cantina para o café da manhã, foi anunciado que o primeiro período de aula de toda universidade seria ocupado para um comunicado do reitor Wilson e a presença de todos os estudantes da USC seria obrigatória.

Isso só atrasaria a reunião com a minha equipe. Assim que pisei no campus ontem, avisei que estava exausta e os encontraria na manhã seguinte quando as aulas iniciassem e Sarah não estivesse na minha cola. Os agentes já estavam impacientes com a demora.

A amontoação para entrar no auditório estava imensa. Desorganização, lotação e poluição sonora, tudo o que eu odiava. Sarah tinha seu braço enganchado no meu firmemente e empurrava qualquer um que tentasse nos ultrapassar ou minimamente me encostar, lançando olhares mortais para outros estudantes. Ela parecia uma leoa protegendo seu filhote.

A entrada no local era pela lateral do auditório, em frente havia diversas fileiras de bancos em ordem crescente por degraus e do outro lado havia um palco rústico para palestras. O telão e as luzes estavam desligadas. Caminhamos até encontrar alguns assentos desocupados no centro. Sarah sempre me ajudando a subir as elevações e a passar entre os bancos para conseguir ocupar um lugar.

Body Guard | Tom KaulitzOnde histórias criam vida. Descubra agora