Proposta

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Victoria De Angelis

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Victoria De Angelis

Acordo com uma forte dor de cabeça. Minhas têmporas latejavam e minha boca estava terrivelmente seca. Ergo o pescoço, sentindo o encosto de algo duro e, imediatamente, percebo que estava sentada em uma cadeira, provavelmente de metal. Tento mover as mãos, esticando e encolhendo os dedos, mas uma pressão me impede. Meus pulsos estavam amarrados para trás do encosto, assim como meus tornozelos nas pernas da cadeira.

Abro os os olhos, as pálpebras ainda cansadas, observo ao redor do lugar. Embora seja um ambiente fechado, o cômodo era grande e cavernoso, como um porão antigo e úmido. O cheiro de mofo e papelão molhado me faz enrugar o nariz. A iluminação estava tão fraca que me obrigo a piscar várias vezes antes que qualquer coisa entre em foco.

Uma fisgada aguda penetra profundamente na minha nuca.

- Merda. - resmungo, o eco preenchendo o lugar.

Faço o melhor esforço para manter a minha cabeça erguida e reta. Examino a escuridão em busca de possíveis saídas, mas as paredes no horizonte se estendiam mais longe do que consigo enxergar.

Eu não fazia ideia de quanto tempo fiquei desacordada, então não tinha certeza se ainda era dia. Ao julgar pela escuridão abrangente, talvez não.

Mas eu não estava assustada. Fui treinada para manter a calma em momentos como esse. E minha equipe já deveria estar atrás de mim. Eu havia marcado de encontrá-los ao meio-dia para voltarmos a matriz da organização. Eles provavelmente veriam as gravações das câmeras e me rastreariam.

Todos os agentes da SISEU, quando são incorporados na organização, um chip de identificação é implantado em nossos braços, facilitando até mesmo o nosso rastreamento.

Eu poderia sair daqui sozinha.

Infelizmente aqueles filhos da puta me pegaram em um momento de desvantagem. Eu não estava equipada e vestia apenas um roupão e uma toalha.

Apenas um roupão e uma toalha...

Rapidamente baixo o olhos, percebendo que meu roupão estava muito mais fechado do que normalmente ficava. Minha testa franze.

O que era isso?

Uma linha grossa transpassava em zigue-zague entre o tecido felpudo, fechando as duas lapelas e as prendendo firmemente juntas. A minha se estendia até o meio das pernas onde também estava preso como se fosse uma macacão. Alguém havia costurado o roupão no meu corpo.

- Mas que porr...

O som de passos me faz morder a língua. Alguém estava vindo.

Me concentro para aguçar a minha audição. Giro o pescoço em todas as direções, forçando os olhos para tentar enxergar no meio da escuridão mais afastada. Logo em frente, uma silhueta se movimentava. Nenhuma porta foi aberta, ele já estava aqui me observando.

Body Guard | Tom KaulitzOnde histórias criam vida. Descubra agora