Em alta velocidade

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Victoria De Angelis

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Victoria De Angelis

- O seu pai é a porra de um Black? - pergunto, elevando a voz enquanto encarava o motorista.

Após de recolher todos os equipamentos e garantir que tudo estava em perfeita ordem para deixarmos a mansão Thompson, estávamos a caminho de Warehouse Port.

Tom não falou comigo depois de matar Anthony. Ele apenas me deu um olhar severo, pegou uma pasta preta em cima da mesa do escritório e começou a caminhar para fora do local. Decidi não questionar ou argumentar naquele momento e o segui até o jardim, mesmo havendo
questões insuportáveis incomodando a minha mente.

Bill não havia saído do seu posto, assim como o resto dos samurais. O loiro estava se preparando para soltar os fogos. Mas quando nos enxergou, ele arregalou os olhos e correu até nós para checar o seu irmão. Tom fez uma careta reprovadora para o seu gêmeo que imediatamente começou a bombardear perguntas. Mas eu não o culpava, afinal a máscara do líder estava quebrada e seu corpo completamente ensanguentado. Bill ficou aliviado quando notou que o sangue não era dele.

Graças a mim, o sangue não era dele.

Quando Bill abriu a porta do carro - um Volkswagen Jetta 1995 modificado com uma placa adulterada que o loiro arrumou para os Samurais usarem nas exterminações - tomei a sua frente e sentei no banco do carona com rapidez, lançando um sorriso malicioso para o gêmeo, o que foi o suficiente para convencê-lo a deixar que eu ficasse no seu lugar.

Eu queria enfrentar Tom, mas ele não parecia estar com cabeça para isso no momento. Suas mãos apertavam o volante com força até os nós dos dedos ficarem brancos, sua mandíbula se contorcendo a cada respiração e seus olhos quase não piscavam, vidrados na rua vazia. Era assustador vê-lo desse jeito. Não pelo sangue seco por todo os seu corpo, mas por estar quieto e pensativo.

Então, as perguntas ficaram martelando sob minhas têmporas em forma de uma terrível enxaqueca. Para ajudar, o loiro reclamou por vários minutos no meu ouvido sobre como eu posso ter afetado o seu futuro como pai, fazendo minha raiva aumentar e, depois de vinte minutos, os questionamentos estourarem pela minha boca de uma forma incontrolavelmente alta e furiosa.

- Você não acha que isso era uma das informações que eu deveria saber?

- Conversamos depois, White. - ele murmurou.

- Anthony disse que eles irão fazer comigo exatamente como fizeram com "ela". Ele estava se referindo a sua mãe?

- White...

- Como ela morreu?

- Você não precisa saber.

- Não preciso saber? - forço uma risada - Eu estou nessa com vocês. Arriscando minha vida e dando meu tempo aos Samurais. Você não pode dizer que não preciso saber.

- Quanto menos souber, menos estará em perigo.

- Tom tem razão, White. - Bill diz, calmamente do banco de trás.

Body Guard | Tom KaulitzOnde histórias criam vida. Descubra agora