O Paradoxo da Potencialização de Sentimentos

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Notas Iniciais da Autora:

   OLHA AQUI.

   Nós não vamos falar sobre o meu desaparecimento, okay?

   Vamos focar no Broppy!!

   Espero que gostem do capítulo. Boa leitura e não se esqueçam de comentar pleasee~

• ۵ • ────「※」──── • ۵ •

       Ele me colocou novamente apoiada na entrada da caverna. Seu olhar era uma mistura ameaçadora de confusão e desconfiança.

— Não use o nome dA Serpente em vão. — Me disse, corrigindo a postura e desenrolando as asas, se fazendo maior.

— Digo a verdade! — Dei um passo, e suas penas se eriçaram. — Ela teve misericórdia de mim em minha busca.

— E que serventia lhe tenho, senhorita Poppy? — Agora ele deu voltas ao meu redor, farejando, analisando. Deixava as unhas arranharem a pedra da parede e chão da caverna. — Você é fértil. Não devia estar cumprindo seus deveres como jovem Pop, ao invés de caçar entidades, como uma mirim?

— S-Sabe meu nome. — Suspirei. Ele prendeu minha cabeça entre os dois braços, olhando de cima. Minha barriga deu voltas.

— Não faz muito tempo desde que curei a ti e sua irmã do câncer de mama. Não me esqueceria.

— E-Eu também...?

— Estágio inicial, sim. — Passou uma garra pela minha bochecha, com cuidado. — O que mais posso lhe conceder? Boitatá apenas age em causas notáveis.

— Eu estava lhe procurando. — Repeti. Aproximei o rosto contra sua palma. Ele retraiu as garras e permitiu a tocadela.

— Procurando Bitty B? — Gesticulou para as queimaduras. — Ou procurando o Caládrio? — Bateu as asas.

— Estava procurando Branch. Suas verdadeiras cores; todas elas. — Sorri, mesmo que confusa com o que ele dizia.

       Ele bufou e revirou os olhos. Concentrou-se em meu tornozelo ferido e se agachou, tocando-o. Com um instante deste foco, ele fez toda dor e inchaço sumir.

— Pronto. Não era algo urgente o suficiente para exigir minha presença em pessoa. — Se espreguiçou, o olhar ameaçador. — Agora me deixe em paz.

       Branch então sumiu para dentro da caverna, o voo rápido produzindo um som potente de suas asas criando vento e fazendo-o repercutir.

— Mas não era disso que eu estava falando...! Droga... — Murmurei, também entrando na caverna.

       Os primeiros metros compunham um caminho simples e estonteante, a pedra lisa formando linhas e degradês de um tricolor azul, verde e ciano. Era quase hipnotizante, a espiral se aprofundando mais, o escuro me envolvendo. Luzi o cabelo. No entanto, logo as cores foram substituídas pelo branco. Longos cristais brancos brotavam do chão, paredes e teto. Ficou deveras difícil me locomover, e quase desejei pelos sapatos tão desconfortáveis que experimentei em outros universos. Com cuidado, usei meu cabelo para propulsão e os cristais maiores para pousar. Eu cansei, em determinado momento, de tanto que aquilo estava complicado e demorado. Segui, ainda assim. Porém me vi sem opções em breve.

       Era um corpo d'água. Os cristais alvos aqui brilhavam e eram muito menores, ainda infestando toda superfície disponível. Abaixo da água, os cristais se espalhavam por todo o fundo, tornando minha passagem a pé impossível. Levantando o olhar, eu podia ver um titânico ninho construído na margem oposta. Branch dormia tranquilamente.

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