Medidas Drásticas, Como Apenas 70% de Café

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     Notas Iniciais da Autora:

      AVISOS, que eu esqueci de avisar no primeiro cap: A classificação inicial é de 16 anos por conta de palavrões, violência, insinuação sexual, abusos, menções suicidas e outros gatilhos. Talvez eu aumente a classificação se houver sexo explícito. 

       Enfim! Eu devia estar fazendo coisas sérias, responsabilidades e afins. Mas infelizmente só há uma coisa que faz sentido para a minha mente. Só uma coisa eu consigo lidar, um mar que consigo navegar. Então, é. Escrever é tudo que mantém minha mente inteira no momento. Sorte de vocês!

       Boa leitura, meus amores!

۵ • ━────「※」────━ • ۵ •

        A luz do sol entrava pela janela, beijando minha pele. Atordoada, me sentei, olhando em volta. Era exatamente como eu me lembrava. Olhei para as minhas mãos, impressionada com o que meus olhos processavam. Eu me sentia tão sóbria, tão presente. Tudo era tão real. É como se eu tivesse passado os últimos anos com uma necessidade de usar óculos que eu não notei. Me levantei e fui até o espelho e me espantei. Meu corpo... De dez anos atrás. Eu não notei o quanto mudei, mas me olhando agora quando ontem mesmo eu tinha outro corpo deixava tudo explícito. Estou mais magra, há menos cicatrizes e não tenho nem sombra de olheiras.

        Isso me pegou de surpresa, mas então me senti um pouco idiota por esperar qualquer coisa diferente. Tudo que Sukitte pôde me garantir é que Branch vive aqui. Não controla "onde" eu parei, então certamente não controla "quando". Um sorriso largo tomou conta de minha face. Empolgante! Além de ter meu amor de novo, posso fazer as coisas melhores desta vez!

       Hoje o dia vai ser perfeito.

      Tomei um banho o mais rápido que podia, mas quando fui me vestir, minha pressa não foi maior que meu desejo de estar bonita quando encontrar o meu louco preferido. Eu devia me preparar adequadamente. Experimentei uns quatro vestidos antes de estar satisfeita. O escolhido era um vestido branco de ombro único com uma faixa verde água. Deixei os cabelos soltos e coloquei uma faixa com um laço na mesma cor da faixa.

       Deixei meu botão pela porta dos fundos com passos silenciosos. Caminhei entre os muitos trolls transeuntes tentando ser discreta, andando de cabeça baixa e com os cabelos replicando azul.

— Poppy! Aí está você! — Nunca na minha vida eu estive tão desgostosa de ouvir a voz da Smidge. Controlando minha carranca e vestindo um sorriso doce, virei nos meus pés, deixando o rosa se espalhar por meus cabelos de novo.

— Bom Dia.

— Primeiramente, se isso era para ser um disfarce, por tudo que é trollado, foi uma tentativa patética. — Cruzou aqueles bracinhos minúsculos que continham tanta força. — Onde está indo, e o primeiro número musical?

— Sabe o que é! — Parei, lambendo os lábios e piscando. — Você vai liderar os números musicais hoje.

— Eu!?

— É claro! Veja, eu já vou ser rainha, e...

— Cruzes, Poppy! Semana que vem você recém faz 21, e já está matando o seu pai?

— Não conto com a morte dele para ser rainha, e isso nem é o ponto! — Balancei as mãos em negação. — Estou dizendo que, quando eu for, você será meu braço direito.

— Oh, querida. — Ela pôs as mãos na sobre a boca, um olhar de orgulho maternal misturado com pena. — Me sinto honrada, mas não te vejo assim. Não é da sua fruta que eu gosto.

Probabilidades Estatísticas do Nosso Desamor  | TrollsOnde histórias criam vida. Descubra agora